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Entenda quem é a mulher chamada de ‘Negona do Bolsonaro’ pela PF

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Conhecida nas redes sociais como Negona do Bolsonaro, Vanessa Silva (PL), vereadora suplente do Rio de Janeiro, foi mencionada no relatório da Polícia Federal (PF) como uma das pessoas usadas por Jair Bolsonaro (PL) para desrespeitar as medidas impostas a ele pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Recentemente, o ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram formalmente acusados pela PF dos crimes de coação no curso do processo e ataque ao Estado Democrático de Direito, devido a supostas manobras para intensificar sanções aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil. Vanessa utilizou suas redes sociais para espalhar mensagens de Bolsonaro, o que estava proibido por Moraes.

No dia 3 de agosto, durante manifestações que pediam anistia para os condenados pelos eventos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro enviou vídeos para Vanessa, demonstrando que acompanhava os atos de sua residência.

Ele não pôde estar presente nos eventos devido às restrições legais. A PF apontou que essa ação mostrava uma tentativa clara de violar as regras.

Segundo o relatório, uma das mensagens gravadas enviada continha o texto: “de casa acompanhando. Obrigado a todos. Pela nossa liberdade. Jair Bolsonaro”. Poucos minutos depois, Vanessa compartilhou o conteúdo com o mesmo texto na rede social X, onde possui mais de 100 mil seguidores.

Ela também publicou o mesmo post no Instagram, onde conta com cerca de 136 mil seguidores. Apesar de mencionada, ela não é alvo de investigação pela Polícia Federal.

A PF afirmou que Bolsonaro agiu de forma consciente para divulgar, através das redes sociais, ataques contra ministros do STF e líderes do Legislativo, com o objetivo de pressionar e limitar o funcionamento dos poderes constituídos, tentando forçar a votação de uma proposta de anistia e a destituição de ministros do STF por supostos crimes de responsabilidade.

‘Mulher 01 do Bolsonaro’

Nas redes, Vanessa se autointitula como a “mulher 01” do ex-presidente. Nas eleições municipais de 2024, ela foi proibida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) de usar o nome “Negona do Bolsonaro” em sua candidatura como vereadora pelo PL. A Justiça Eleitoral considerou que o nome tem conotação preconceituosa e racista.

“A decisão do desembargador de me impedir de usar o nome ‘Negona’, pelo qual sou conhecida, é um ataque à minha identidade! Querem dizer que eu, uma mulher preta, sou racista contra mim mesma ao me chamar ‘Negona’? Isso é um absurdo jurídico!”, afirmou na época, alegando perseguição política.

Mesmo com essa dificuldade, ela seguiu com a candidatura usando o nome Vanessa Silva. Durante a campanha, além do apoio financeiro do partido, recebeu uma doação de R$ 7.692,30 do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) — réu na ação penal que investiga o plano golpista — conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com 10.416 votos, ela não foi eleita, mas atua como suplente.

Nas redes sociais, Vanessa publica conteúdo diário para apoiadores de Bolsonaro. Em seus posts recentes, os temas mais comuns são críticas ao Supremo, elogios ao presidente americano Donald Trump, além de comentar os impactos das sanções dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

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