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PT na Câmara pede bloqueio dos bens de Bolsonaro e família

Líder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) fez uma solicitação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam bloqueados os bens, valores e ativos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). O pedido foi motivado após a Polícia Federal apontar que o ex-presidente movimentou R$ 30,6 milhões entre março de 2023 e fevereiro de 2024.
Lindbergh também solicitou que a Procuradoria-Geral da República investigue possíveis crimes como lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e fraude processual envolvendo Jair Bolsonaro e seus familiares.
Foi requisitada uma análise detalhada das movimentações financeiras atípicas no valor de R$ 30 milhões atribuídas ao ex-presidente no período citado, incluindo também os repasses financeiros para Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, buscando identificar possível origem ilícita desses recursos.
De acordo com o relatório da PF, as transações financeiras do ex-presidente apresentam indícios de lavagem de dinheiro e outros delitos, embora ele não tenha sido formalmente indiciado por esses crimes.
No período de 1º de março de 2023 a 7 de fevereiro de 2024, foram registrados créditos na conta de Jair Bolsonaro no montante de aproximadamente R$ 30,6 milhões, enquanto os débitos totalizaram um valor semelhante.
Mais de 60% dos créditos foram realizados via Pix, totalizando R$ 19,3 milhões em 1,2 milhão de movimentações. Já as retiradas foram majoritariamente feitas por aplicações em CDB e RDB, que somaram R$ 18,3 milhões em seis operações.
O relatório do Coaf revela as movimentações financeiras entre março de 2023 e junho de 2025, período no qual entraram R$ 44,28 milhões e saíram R$ 44,3 milhões da conta do ex-presidente.
Os Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) contabilizam operações com indícios de lavagem de dinheiro, servindo como base para investigações da Polícia Federal e Ministério Público Federal, embora não configurem irregularidade por si só.
No desenrolar das investigações, foi descoberto que Jair Bolsonaro enviou R$ 2,1 milhões para seu filho Eduardo Bolsonaro entre dezembro de 2024 e junho de 2025, incluindo uma transferência de R$ 2 milhões no dia 13 de maio para evitar dificuldades financeiras enquanto Eduardo reside nos Estados Unidos. Além disso, foram repassados R$ 2 milhões para Michelle Bolsonaro, conforme informações do Coaf.

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