Conecte Conosco

Notícias Recentes

Justiça suspende prova para investigador da Polícia Civil de São Paulo

Publicado

em

Os resultados do Concurso Público para investigador da Polícia Civil de São Paulo foram paralisados pela Justiça. A decisão, tomada na terça-feira (20/8), ocorreu após denúncias sobre irregularidades na prova oral, sugerindo favorecimento a alguns candidatos.

Segundo uma candidata, os avaliadores teriam utilizado perguntas baseadas em material de um cursinho preparatório, cujas respostas foram criadas por inteligência artificial, em vez de usar o conteúdo oficial da Academia da Polícia Civil (Acadepol). Com isso, os alunos do cursinho tiveram acesso antecipado às questões, obtendo vantagem.

A mesma candidata relatou que alguns professores do cursinho também dão aulas na Acadepol, local onde os aprovados realizam a formação.

Uma fotografia feita dentro da sala de exame mostrou uma examinadora consultando um documento fornecido pelo Concurseiro PRO, que oferece cursos de preparação para concursos policiais.

Em 27 de junho, o cursinho comemorou a aprovação de mais de 100 alunos na seleção para investigador, informando que restavam duas vagas: investigador e delegado.

Detalhes do concurso e decisão judicial

O concurso oferece 1.250 vagas para investigador da Polícia Civil de São Paulo, com salário inicial de R$ 5.879,68.

Na decisão judicial de segunda instância, o relator Aliende Ribeiro, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), afirmou que há provas gravadas da utilização de material do cursinho nas arguições da prova oral.

O magistrado destacou indícios claros de favorecimento, já que o material estava disponível apenas para uma parte dos candidatos, violando o princípio da isonomia e os princípios da moralidade e impessoalidade administrativa.

Assim, o Estado de São Paulo foi proibido de homologar o resultado do concurso e de nomear novos investigadores até que a situação seja definitivamente resolvida.

Posição do cursinho e relatos

O Concurseiro PRO declarou que seus professores participam apenas de sessões públicas para registrar as perguntas feitas em provas anteriores e depois respondê-las, negando qualquer vínculo com os examinadores ou influência indevida.

O cursinho afirmou manter compromisso sério e jamais agir com má-fé ou parcialidade.

Um candidato relatou o impacto negativo da suspensão. Ele desistiu de um curso de formação da Polícia Militar de Santa Catarina para investir no concurso de São Paulo, e depois da decisão judicial teve pensamentos suicidas, pois estudou muito e se sentiu enganado.

Comentário da diretora da Acadepol

Em vídeo divulgado na sexta (22/8), a diretora da Acadepol, Márcia Ruiz, comentou que o concurso está agora na fase dos exames psicotécnicos para candidatos beneficiados por decisões judiciais, seguidos pelos exames médicos para pessoas com deficiência.

Márcia Ruiz ressaltou que as ações judiciais estão sendo tratadas de forma adequada e que as etapas do concurso continuam normalmente.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados