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PCC liderado por Tuta vira réu e tem R$ 55 milhões bloqueados

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas até sua detenção na Bolívia em 16 de maio, foi oficialmente denunciado junto com outras dez pessoas associadas à facção. A decisão foi anunciada pela Justiça na última sexta-feira (22/8).
Foi determinado também o bloqueio de R$ 55 milhões e de bens imobiliários. Esta medida foi solicitada pelos promotores do Ministério Público de São Paulo (MPSP) com o objetivo de ressarcir os danos morais e sociais causados pela organização criminosa.
A denúncia
A acusação contra Tuta e outros envolvidos foi apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 14 de agosto. O Ministério Público aponta que eles perpetraram diversos atos ilícitos para ocultar a posse de imóveis controlados por Tuta, bem como a origem dos fundos usados na compra desses bens.
A ação resultou das Operações Sharks e Sharks 2, iniciadas em 2020 com apoio da Polícia Militar. Quatro indivíduos já foram condenados por associação criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com o Gaeco, Tuta teria enviado aproximadamente R$ 1,2 bilhão para o exterior.
Trajetória de Tuta no PCC
Antes de integrar o PCC, Tuta atuou como adido comercial no Consulado de Moçambique em Minas Gerais entre 2018 e 2019. Foi demitido do consulado e ascendeu ao posto de chefe do PCC em liberdade em 2020, até ser expulso dois anos depois devido a enriquecimento ilícito através da facção.
O Ministério Público chegou a informar que Tuta teria sido executado pelo tribunal do crime do PCC após ordenar assassinato sem autorização dos líderes, porém seu corpo jamais foi encontrado. Investigações indicam que essa história foi criada pelo PCC para despistar as autoridades, enquanto Tuta seguia comandando as operações diretamente da Bolívia.
Com o líder máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, isolado no sistema prisional federal, Tuta era visto como seu substituto imediato.
Em 27 de fevereiro do ano passado, Tuta foi condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro. A primeira denúncia contra ele foi feita pelo MPSP em setembro de 2020 durante a Operação Sharks.
Após sua prisão na Bolívia em 16 de maio deste ano, Tuta foi transferido para uma penitenciária no interior de São Paulo, conforme autorização judicial concedida em 31 de julho.

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