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Texas aprova novo mapa eleitoral para favorecer republicanos

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Legisladores do Texas aprovaram neste sábado (23) um mapa eleitoral atualizado, projetado para auxiliar o Partido Republicano a manter sua liderança no Congresso dos EUA nas eleições legislativas de 2026.

O Senado aprovou o mapa com uma votação polarizada de 18 a 11, alinhada partidariamente, mesmo após uma tentativa de bloqueio feita por uma senadora democrata.

O ex-presidente Donald Trump compartilhou nas redes sociais que esta nova divisão eleitoral oferece aos texanos a chance de eleger cinco novos republicanos alinhados com o movimento Maga (Make America Great Again) nas eleições de meio de mandato de 2026, destacando ser uma vitória significativa para seu programa America First.

O governador do Texas, Greg Abbott, ressaltou sua urgência em promulgar o novo mapa, afirmando que ele representa as recentes preferências eleitorais dos eleitores texanos.

Trump pressionou a maioria republicana a modificar os distritos eleitorais do estado para dificultar a ascensão dos democratas na Câmara dos Representantes federal.

Este pleito será decisivo para o segundo mandato de Trump, que procura consolidar a maioria republicana para avançar sua agenda política.

Os democratas esperam que a impopularidade do ex-presidente possa ajudá-los a conquistar a câmara baixa do Congresso.

Para impedir isso, Trump busca redesenhar os distritos eleitorais dos estados republicanos para favorecer candidatos conservadores e prejudicar os democratas.

O Texas utilizou a técnica conhecida como “gerrymandering”, que consiste em delinear os distritos eleitorais de forma que favoreça o partido de interesse. O novo mapa desigual pode proporcionar à direita americana até cinco cadeiras extras no Congresso.

Resposta da Califórnia

A manobra republicana gerou ampla controvérsia e levou os democratas na Califórnia, o estado mais populoso dos EUA, a adotar a mesma estratégia.

O governador Gavin Newsom, grande opositor de Trump entre os democratas, propôs um mapa que pode garantir até cinco assentos adicionais para seu partido, reagindo à iniciativa do Texas.

Recentemente, a legislatura californiana aprovou este plano por ampla maioria e aceitou realizar um referendo em novembro para consultar os eleitores sobre a possibilidade de modificar temporariamente os limites dos distritos até 2030.

Newsom afirmou estar respondendo ao que aconteceu no Texas, criticando o autoritarismo e alertando que “essas pessoas não brincam” e que o público deve se conscientizar, denunciando Trump por desrespeitar regras.

O ex-presidente democrata Barack Obama elogiou a decisão da Califórnia como uma resposta inteligente e equilibrada às ações de Trump.

Outros estados também planejam ajustar seus mapas eleitorais para favorecer o partido dominante nas eleições de 2026, incluindo Indiana, Ohio e Missouri.

A governadora democrata de Nova York, Kathy Hochul, classificou essa tática como o último esforço desesperado do partido para se manter no poder, alertando que enfrentará Trump e o vencerá em seu próprio terreno, assim como a Califórnia.

No Texas, os democratas veem o redesenho dos distritos eleitorais como uma tentativa de diminuir o voto afro-americano, violando a Lei dos Direitos de Voto de 1965, criada para impedir que estados do sul suprimam o direito de voto das minorias.

Os democratas, que são minoria na legislatura texana, acreditam que os republicanos locais querem silenciar eleitores das minorias por meio de manipulações raciais dos distritos eleitorais.

Argumentam que o novo mapa eleitoral reduz a força dos votos dos eleitores negros e latinos, que tradicionalmente favorecem os democratas.

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