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Polícia investiga feminicídio de estudante trans e encontra vestígios de sangue

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Polícia Civil realizou esta semana uma reconstituição do feminicídio da estudante trans Carmen de Oliveira, de 26 anos, que desapareceu em junho na cidade de Ilha Solteira, interior de São Paulo. A equipe aplicou luminol no local onde ocorreu a morte da jovem, que ainda não teve seu corpo localizado.

O uso dessa substância química revelou vestígios de sangue. “Foram solicitados exames de confronto genético à Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) para confirmar se o sangue encontrado em uma lona e em um sapato utilizados pelos suspeitos pertence à vítima”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em comunicado.

A investigação indica que o namorado de Carmen, Marcos Yuri Amorim, e um suposto amante dele, o policial militar ambiental da reserva Roberto Carlos Oliveira, são os principais suspeitos do crime. Ambos estão presos desde 10 de julho.

O sítio pertencente a Yuri é apontado como o local do homicídio. Além disso, o telefone celular da vítima foi encontrado em uma área de mata em Ilha Comprida, litoral paulista.

Depoimentos divergentes

A primeira reconstituição foi baseada na versão de Roberto, que acompanhou a equipe. Na quarta-feira, 27 de agosto, a polícia deve levar Yuri ao sítio para que ele também simule a ocorrência conforme sua perspectiva.

Um dos detidos chegou a admitir à polícia que a estudante está morta, porém não confirmou envolvimento direto no crime. Segundo a SSP, que não especificou quem fez a confissão, foi dito que Carmen foi assassinada com um pedaço de ferro e uma faca após uma discussão. No entanto, os depoimentos apresentam contradições.

De acordo com Lucas de Oliveira, irmão de Carmen, a confissão veio de Roberto, que afirmou que ao chegar no local do crime a jovem já estava morta no chão. Yuri nega ter participado do homicídio.

Roberto diz que não participou da ocultação do corpo, que quem fez isso foi Yuri, e Yuri alega que foi Roberto quem desapareceu com o corpo. Um está tentando incriminar o outro”, explica. “Na versão de Yuri, ele teria dado uma pancada na cabeça da Carmen, chamado Roberto para ajudar e Roberto ‘acabou matando ela'”, complementa.

De acordo com a SSP, o local da morte passará por nova perícia. “As buscas continuam para encontrar o corpo da vítima”, afirmou a secretaria.

Contexto do feminicídio da estudante trans

Carmen foi vista pela última vez em 12 de junho, por volta das 10h, na Rua 15 de Novembro, em Ilha Solteira, vestindo calça jeans e blusa verde, transitando em uma bicicleta elétrica.

A Polícia Civil investigou o desaparecimento, contando com o apoio de amigos e familiares da jovem nas buscas.

Com o avanço das investigações, dois suspeitos foram presos temporariamente em 10 de julho: Marcos Yuri Amorim, namorado de Carmen, e Roberto Carlos Oliveira, policial militar ambiental da reserva.

Segundo o delegado Miguel Rocha, responsável pela investigação, ambos mantinham um relacionamento amoroso e teriam agido conjuntamente para matar a jovem e esconder o corpo.

As apurações indicam que Marcos Yuri matou Carmen porque não queria assumir o relacionamento com ela.

Uma investigação no notebook da vítima revelou que ela possuía um dossiê contra o namorado, contendo provas de roubos e furtos que ele teria cometido em Ilha Solteira.

A jovem usava esse dossiê como forma de pressão para que o namorado assumisse o relacionamento.

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