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Tarifas dos EUA podem acabar amanhã, diz Alckmin

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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (23/8) em São Paulo (SP) que existe uma possibilidade para um acordo entre Brasil e Estados Unidos visando reduzir as tarifas impostas pelos americanos aos produtos brasileiros. “Se depender de nós, acaba amanhã”, comentou sobre o tarifaço.

Alckmin, que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou avanços nas negociações durante visita à Brasilwagen na capital paulista. Ele mencionou a redução nas tarifas sobre as exportações de aço e alumínio, medida anunciada na quarta-feira (20/8) após o Departamento de Comércio dos EUA enquadrar esses itens na Seção 232 do Ato de Expansão Comercial.

“Isso beneficia a competitividade de tudo que contém aço e alumínio: máquinas, retroescavadeiras, motocicletas, produtos industriais”, ressaltou.

Indagado sobre possíveis contrapartidas e manifestações brasileiras nas negociações, Alckmin não descartou a diminuição da tarifa de importação do etanol americano e também mencionou a liberação de créditos para descarbonização para empresas dos EUA. Ele citou minerais estratégicos e biocombustíveis como outras áreas possíveis para negociação.

Por outro lado, o vice-presidente ressaltou que as tarifas sobre produtos norte-americanos já são relativamente baixas. “Vale destacar: a tarifa média do Brasil para os Estados Unidos entrarem aqui é de 2,7%. Não é 50%, nem 40%, nem 30%. É 2,7%”, enfatizou. “Dos dez principais produtos que os Estados Unidos exportam para nós, em oito a tarifa é zero. Sempre existe espaço para buscar um acordo.”

Alckmin também comemorou a liberação de linhas extras de crédito no valor de R$ 10 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas impactadas pelo tarifaço dos EUA, além dos R$ 30 bilhões anunciados recentemente pelo governo federal.

Além disso, neste sábado, Geraldo Alckmin comentou o tarifaço durante um evento organizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ele expressou sua confiança de que o Brasil superará a crise comercial e minimizou o impacto das medidas tomadas pelo governo Trump, destacando que apenas 3,3% das exportações brasileiras são afetadas.

Na opinião do ministro, os efeitos são mais significativos para determinados setores da indústria manufatureira, como máquinas, calçados e têxtil, pois a realocação dos mercados para esses produtos demanda mais tempo.

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