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Chefe do Mpsp encerra apuração sobre casa luxuosa de Derrite

Paulo Sérgio de Oliveira, procurador-geral de Justiça e chefe do Ministério Público de São Paulo (MPSP), recusou o pedido para abrir uma investigação sobre a residência de alto padrão que o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), está erguendo em um condomínio de Porto Feliz, interior do estado.
De acordo com informações divulgadas, o construtor responsável pela obra indicou que o custo total do imóvel gira em torno de R$ 3 milhões, incluindo terreno, material e mão de obra. O empresário do ramo de eventos, Guilherme Moron, amigo de Derrite, está encarregado dos pagamentos.
Em nota enviada em junho, a Secretaria da Segurança Pública informou que Guilherme Moron não efetuou quaisquer pagamentos relacionados à construção da casa do secretário.
Sem ouvir o construtor e o empresário, Paulo Sérgio de Oliveira entendeu que as explicações apresentadas por Guilherme Derrite foram suficientes para descartar suspeitas de improbidade administrativa. Em 19 de agosto, ele determinou o arquivamento do pedido de investigação, feito pelo deputado estadual Antonio Donato (PT), após reportagens divulgadas.
Segundo o procurador-geral, não houve indicação de enriquecimento ilícito ou aquisição de bens incompatíveis com a evolução do patrimônio ou renda declarada, confirmando a origem lícita do capital.
O secretário mencionou que o contrato com a construtora foi firmado por R$ 151 mil, com pagamentos divididos em parcelas mensais até agosto de 2025. O documento também registra a compra do terreno por R$ 489 mil, embora não detalhe compras específicas de materiais.
Para o MPSP, os valores declarados estão de acordo com a capacidade financeira de Guilherme Derrite e sua esposa, Iara Maria de Oliveira.
O empreiteiro ressaltou que os custos previstos para a obra estão próximos de R$ 2 milhões, considerando materiais de alta qualidade como madeira cumaru para o acabamento.
Em resposta, a Secretaria de Segurança afirmou que todos os bens adquiridos por Guilherme Derrite e sua família foram obtidos legalmente, com recursos próprios decorrentes de trabalho e economia ao longo de aproximadamente 20 anos. O terreno para a construção foi adquirido após a venda de um imóvel na capital paulista, e a obra está sendo realizada de forma gradual desde o início de 2024.
A SSP ressaltou ainda que o valor citado refere-se a imóveis prontos no condomínio e não ao estágio atual da obra, esclarecendo que a residência não está situada em um condomínio de altíssimo padrão como sugerido, mas em uma área urbana da cidade.

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