Economia
Cresce faturamento e expansão da indústria farmacêutica brasileira

O faturamento da indústria farmacêutica no Brasil aumentou 11,5% no primeiro semestre comparado ao mesmo período de 2024, subindo de R$ 124 bilhões para R$ 138,3 bilhões, conforme dados da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). Esse crescimento ocorre devido ao aumento nos preços e no volume de vendas, e o setor tem previsão de continuar em expansão nos próximos cinco anos.
De janeiro a junho, foram comercializadas 5,7 bilhões de embalagens de medicamentos, aumento de 5,5% em relação ao primeiro semestre de 2024. A maior parte (4,4 bilhões, equivalente a 77,9% do total) corresponde a produtos de laboratórios com capital nacional.
Por categoria, os genéricos fabricados no país subiram de 1,9 bilhão de unidades em 2024 para 2 bilhões em 2025 (+5,3%). Os similares nacionais também cresceram, passando de 2 bilhões para 2,1 bilhões de unidades (+5,0%). Os medicamentos de referência tiveram acréscimo de 0,7%, de 303 milhões para 305 milhões de unidades.
Em receita, os laboratórios nacionais obtiveram R$ 80,2 bilhões em vendas (57,9% do mercado), um aumento de 12,0% comparado a 2024, quando faturaram R$ 71,6 bilhões. Os genéricos nacionais cresceram de R$ 17,5 bilhões para R$ 19,3 bilhões (+10,3%); os similares, de R$ 41,7 bilhões para R$ 47,6 bilhões (+14,2%); e os medicamentos referência nacionais, de R$ 12,4 bilhões para R$ 13,3 bilhões (+7,3%).
As empresas multinacionais continuam com maior participação no segmento de referência, especialmente em valor monetário — movimentando R$ 34,3 bilhões em 2025 nessa categoria.
Perspectivas de crescimento
A Alanac prevê que a participação dos laboratórios brasileiros na produção de medicamentos continuará aumentando. O vencimento de cerca de 1,5 mil patentes até 2030 deve impulsionar o setor.
Com o fim dessas patentes, abrirá espaço para a fabricação de novos medicamentos genéricos e similares, que atualmente são responsáveis por 74% das unidades vendidas e abastecem o Sistema Único de Saúde (SUS), o varejo e programas governamentais.
Espera-se que, com a chegada desses novos medicamentos, nove em cada dez medicamentos vendidos no Brasil sejam fabricados pela indústria nacional, consolidando o crescimento do setor para além de 2030.

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