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Queda na popularidade dos EUA entre brasileiros, mostra pesquisa

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A aprovação dos Estados Unidos pelos brasileiros caiu bastante em um ano e meio, ultrapassando o percentual dos que têm uma visão positiva, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada na terça-feira, 26. Em agosto de 2025, após três meses de atritos entre os governos dos EUA e do Brasil, 48% dos brasileiros possuem uma imagem negativa do país.

O percentual de brasileiros com opinião favorável aos EUA diminuiu 14 pontos percentuais, atingindo 44%, enquanto 8% dos entrevistados não souberam responder.

Em fevereiro de 2024, 58% avaliavam os EUA positivamente, contra 24% com avaliação negativa.

Há um ano e meio, os EUA eram o país mais bem visto pelos brasileiros. Atualmente, essa posição é ocupada pela China, que possui avaliação positiva de 49% dos brasileiros.

A aprovação dos chineses subiu 11 pontos percentuais, enquanto a avaliação negativa caiu de 41% para 37%. A Rússia mantém a pior avaliação, com 59% de opiniões negativas, seguida por Israel, com 50% de avaliações desfavoráveis.

A opinião sobre a Argentina está dividida, com 42% dos brasileiros vendo o país vizinho de forma positiva e 40% de maneira negativa.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 2.004 brasileiros entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com índice de confiança de 95%.

Entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022, 69% têm avaliação negativa dos EUA. Já entre os que votaram em Jair Bolsonaro, 72% possuem avaliação favorável do país. As avaliações também divergem quanto a Israel e China.

Sobre Israel, 59% dos eleitores de Lula têm avaliação negativa, enquanto 54% dos eleitores de Bolsonaro avaliam o país positivamente. Quanto à China, 62% dos eleitores de Lula possuem opinião favorável, enquanto 58% dos eleitores de Bolsonaro avaliam negativamente.

Desde maio, a relação dos EUA com o Brasil e o Supremo Tribunal Federal (STF) tem se deteriorado. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que a administração Trump considerava sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

As tensões aumentaram a partir de julho, quando o presidente americano manifestou apoio a Jair Bolsonaro (PL), anunciou tarifas extras sobre produtos brasileiros e revogou vistos de autoridades brasileiras. Além disso, o ministro Moraes foi sancionado pela Lei Magnitsky.

Como reportado anteriormente, o governo americano intensificou ações contra Moraes, incluindo sanções e restrições de vistos, em meio a campanhas de bolsonaristas contra o magistrado no exterior, as quais ganharam força neste ano.

A tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros influenciou um processo penal em que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe. Moraes considerou que essas tarifas tentavam pressionar o andamento do processo e aplicou medidas restritivas ao ex-presidente, culminando em prisão domiciliar por descumprimento dessas regras.

Apesar da pressão americana, o processo judicial contra Bolsonaro e seus aliados segue conforme previsto e está agendado para julgamento entre os dias 2 e 12 de setembro no STF.

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