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CPMI do INSS planeja ouvir ex-ministros e dez ex-presidentes do INSS
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou na terça-feira, 26, o convite para todos os ex-ministros da Previdência, dez ex-presidentes do INSS e dirigentes de associações envolvidas nas investigações sobre descontos irregulares em benefícios de aposentados.
O governo celebrou o acordo para proteger Frei Chico, líder do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) e irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também houve consenso entre governo e oposição para não convocar Paulo Guedes. Entre 2019 e 2021, o ministério da Previdência foi extinto, e suas responsabilidades foram transferidas para uma secretaria especial ligada ao Ministério da Economia, chefiado por Guedes durante o governo de Jair Bolsonaro.
Da mesma forma, os ex-ministros da Fazenda Henrique Meirelles e Eduardo Guardia, que atuaram no governo de Michel Temer durante o período em que o ministério estava extinto, foram poupados.
Foram chamados os seguintes ex-ministros da Previdência:
- Carlos Gabas, ministro em 2015;
- Miguel Rossetto, ministro entre 2015 e 2016;
- Onyx Lorenzoni, ministro entre 2021 e 2022;
- José Carlos Oliveira, ministro entre 2022 e 2023;
- Carlos Lupi, ministro entre 2023 e 2025;
- Wolney Queiroz, atual ministro da Previdência.
Os convites não obrigam a presença, mas audiências serão marcadas e, caso haja ausência, será requerida a convocação formal, que exige participação.
Também foram convocados, considerados peças-chave na investigação pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, Domingos Sávio de Castro e Maurício Camisotti, para esclarecer suspeitas de fraude.
Gaspar planeja ouvir pessoas ligadas ao INSS até a última gestão do PT. Foram incluídos dez ex-presidentes do INSS na lista de convocações:
- Lindolfo Neto de Oliveira Sales, presidente entre 2012 e 2015;
- Elisete Berchiol da Silva Iwai, presidente entre 2015 e 2016;
- Leonardo de Melo Gadelha, presidente entre 2016 e 2017;
- Francisco Paulo Soares Lopes, presidente entre 2017 e 2018;
- Edison Antônio Costa Britto Garcia, presidente entre 2018 e 2019;
- Renato Rodrigues Vieira, presidente entre 2019 e 2020;
- Leonardo José Rolim Guimarães, presidente entre 2020 e 2021;
- Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, presidente entre 2022 e 2023;
- Glauco André Fonseca Wamburg, presidente interino em 2023;
- Alessandro Stefanutto, presidente entre 2023 e 2025, quando vieram à tona informações sobre os descontos.
Além disso, foram aprovadas convocações de:
- Eliane Viegas Mota, diretora de Auditoria de Previdência e Benefícios da Controladoria-Geral da União (CGU);
- Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi, delegado da Polícia Federal;
- Patrícia Bettin Chaves, coordenadora da Câmara de Coordenação e Revisão Previdenciária da Defensoria Pública da União (DPU);
- Eli Cohen, advogado.
A CPMI também fez requerimentos para obter informações da CGU sobre o sistema interno, documentos de auditoria sobre descontos indevidos, e requereu acesso a credenciais e apoio técnico investigativo.
Foram solicitados à Polícia Federal o acesso a inquéritos policiais relacionados aos descontos fraudulentos e apoio técnico de servidores.
O colegiado ainda pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) acesso, inclusive com quebra de sigilo, aos inquéritos sobre o tema, à Defensoria Pública da União informações sobre procedimentos, e ao Tribunal de Contas da União (TCU) documentos e informações sobre autorias. Também solicitou ao INSS, Ministério da Previdência e Conselho Nacional de Previdência Social acesso a processos administrativos e disciplinares desde 2015 relacionados às fraudes.
Finalmente, a CPMI aprovou requisições para apoio à investigação por parte do TCU, Ministério Público junto ao TCU, Banco Central, Receita Federal e Ministério Público Federal.

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