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Exército israelense ataca hospital em Gaza para atingir câmera do Hamas

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O Exército israelense declarou nesta terça-feira (26) que o bombardeio em um hospital na Faixa de Gaza, que resultou na morte de cinco jornalistas, teve como alvo uma câmera instalada pelo grupo islâmico palestino Hamas. O Hamas, por sua vez, classificou essa justificativa como sem fundamentos.

O conflito em Gaza tem sido especialmente letal para os profissionais da imprensa: cerca de 200 jornalistas perderam a vida em quase dois anos de guerra, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e Repórteres sem Fronteiras (RSF).

O ataque ocorrido na segunda-feira atingiu o hospital Nasser, localizado em Khan Yunis, no sul de Gaza, causando a morte de pelo menos 20 pessoas, entre elas cinco repórteres que trabalhavam para a Al Jazeera, The Associated Press e Reuters, entre outros veículos de comunicação.

Em comunicado, o Exército afirmou que, conforme uma investigação preliminar, seus soldados identificaram uma câmera do Hamas instalada na área do hospital com o propósito de monitorar as movimentações das tropas israelenses para direcionar ataques terroristas.

As forças militares agiram para neutralizar essa ameaça.

O comunicado adiciona que seis das pessoas falecidas eram militantes, incluindo um envolvido no ataque realizado em território israelense em 7 de outubro de 2023, evento que desencadeou o atual conflito em Gaza.

Os nomes divulgados pelo Exército não coincidem com os dos jornalistas mortos.

O Hamas rejeitou a versão apresentada pelo Exército, considerando-a uma tentativa de evitar a responsabilidade legal e moral pelo ocorrido, e afirmou que a explicação carece de provas.

O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, expressou pesar por todo dano causado a civis e ordenou a continuação das investigações para esclarecer as falhas no processo decisório no campo de batalha e avaliar os tipos de armamentos utilizados no ataque.

Fontes de segurança indicaram que os soldados receberam permissão para destruir a câmera por meio de um drone, porém optaram por utilizar veículos blindados que dispararam duas vezes na área.

O ataque ao hospital Nasser foi repudiado pela ONU e por diversos países, incluindo França, Alemanha e Reino Unido, que enfatizaram a necessidade de proteção aos jornalistas.

Os veículos Al Jazeera, Reuters e The Associated Press lamentaram as mortes de seus profissionais e manifestaram profundo pesar.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu o ocorrido como um trágico erro.

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