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Petrobras e Ibama iniciam teste na Margem Equatorial

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Neste domingo (24), teve início a tão esperada Avaliação Pré-Operacional (APO) que permitirá à Petrobras avançar na exploração da Bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial. Essa é a última fase antes do Ibama decidir sobre a concessão da licença para a perfuração do primeiro poço na área.

O teste, chamado Avaliação Pré-Operacional (APO), está previsto para durar entre três e quatro dias e, conforme informações, está transcorrendo sem problemas. A equipe da Petrobras já está no local e a sonda está posicionada. “A APO iniciou hoje, mas a autorização para começar o exercício é do Ibama”, afirmou um porta-voz, ressaltando que o teste começou às 18h10, sem ocorrências graves.

Nesta etapa, serão avaliados vários aspectos, como o funcionamento adequado dos equipamentos, a capacidade de resposta rápida da equipe, o resgate de animais afetados e a eficiência da comunicação com autoridades e comunidades envolvidas.

Os procedimentos seguem os planos aprovados conceitualmente pelo Ibama: o Plano de Emergência Individual (PEI) e o Plano de Proteção à Fauna (PPAF).

Estima-se que cerca de 400 profissionais participem da operação, utilizando 13 embarcações e três aeronaves. Também estarão envolvidos dois centros de atendimento e reabilitação de fauna — um em Oiapoque, no Amapá, e outro em Belém, no Pará — que funcionam como hospitais especializados para aves, tartarugas e mamíferos marinhos, como golfinhos e peixes-boi.

Se o teste for concluído com sucesso, o Ibama poderá tomar uma decisão rápida quanto à licença. Casos similares, como o da Bacia Potiguar (RN) em setembro de 2023, tiveram a licença expedida pouco tempo após a simulação.

É importante lembrar que o projeto enfrenta resistência: em maio de 2023, o Ibama negou a licença para a perfuração, e um parecer técnico posterior recomendou novamente a rejeição. Ainda assim, a diretoria do órgão optou por conceder mais tempo para que a Petrobras responda a questionamentos antes da decisão final.

Perguntas Frequentes Sobre a APO

O que é a APO?

A Avaliação Pré-Operacional (APO) é a etapa final do processo de licenciamento ambiental conduzido pelo Ibama, cujo objetivo é testar a eficácia do plano de resposta a emergências apresentado pela Petrobras.

Qual a duração estimada?

O exercício deve durar entre três e quatro dias.

Quais equipamentos serão mobilizados?

  • Seis embarcações equipadas para contenção e recolhimento de óleo;
  • um navio sonda;
  • três aeronaves para suporte em resgate aeromédico, resgate de fauna e monitoramento aéreo;
  • seis embarcações adicionais dedicadas ao atendimento da fauna;
  • dois Centros de Atendimento e Reabilitação de Fauna (CAF), localizados em Oiapoque (AP) e Belém (PA).

O que são os Centros de Atendimento e Reabilitação de Fauna?

Esses centros funcionam como hospitais para fauna, contando com ambulatórios, salas de estabilização, atendimento clínico, centro cirúrgico e outras estruturas para acolhimento de aves, mamíferos marinhos, tartarugas, golfinhos e peixes-boi. Ambos estão prontos para operar nas cidades de Belém e Oiapoque.

Quantas pessoas participam do simulado?

A Petrobras mobilizará aproximadamente 400 profissionais para este exercício.

Será feita alguma perfuração durante a APO?

Não, a perfuração do poço só ocorrerá após a emissão da licença pelo Ibama.

Haverá simulação de derramamento de óleo na costa?

Não. Os estudos de correntes e marés indicam que, em caso de acidente, o óleo não alcançará a costa. O local de pesquisa fica a 175 km da costa do Amapá e mais de 500 km da foz do Rio Amazonas.

Quando a Petrobras poderá obter a licença para perfurar após a APO?

Após a conclusão da APO, cabe ao Ibama definir os próximos passos e os prazos para a análise final e possível liberação da licença.

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