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Relator da CPI do INSS é advogado e assumidamente de direita

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou suas atividades nesta terça-feira, definindo o plano de ação e avaliando requerimentos.
O relator escolhido para a comissão é o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), selecionado em oposição às indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Gaspar está em seu primeiro mandato e frequentemente se declara ‘de direita com muito orgulho’.
Na reunião inaugural como relator, ele declarou que seu trabalho não terá viés direcionado a qualquer indivíduo. Segundo Gaspar, apesar das preferências partidárias de cada parlamentar, a relatoria será imparcial e focada na busca da verdade conforme os fatos e documentos.
O deputado apresentou um plano que prevê apurar fraudes desde 2015, período em que Dilma Rousseff estava na presidência. Apesar de controvérsias vindas da base governista, o documento foi aprovado. Gaspar ressaltou que a investigação não terá favorecidos, assegurando que todos serão submetidos à apuração.
O plano inclui ouvir ministros da previdência e presidentes do INSS dos governos de Lula, Bolsonaro, Temer e Dilma.
Gaspar tem histórico de críticas ao governo, especialmente em temas sociais, atribuindo ao Partido dos Trabalhadores (PT) responsabilidade por fraudes que geraram desvios de recursos previdenciários
Ele afirmou nas redes sociais que a comissão é fundamental para investigar roubos nas contas de aposentados e pensionistas, atribuindo ao governo petista o desvio de mais de R$ 6 bilhões.
Ele também criticou a gestão do presidente Lula sobre tarifas impostas pelos Estados Unidos, alegando que a crise foi resultado da postura do petista.
Antes de ingressar na política, Alfredo Gaspar construiu carreira no Judiciário. Formado em Direito em 1993, com pós-graduação em Direito Público, foi professor universitário e atuou por 24 anos no Ministério Público de Alagoas, chegando a ser procurador-geral de Justiça do estado.
Durante sua trajetória, participou de investigações importantes, como o assassinato da ex-deputada federal Ceci Cunha em 1998, e casos de assassinatos em série em Maceió entre 2010 e 2012.
Gaspar também chefiou a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas por dois mandatos e liderou o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas.
Nas eleições de 2022, foi eleito deputado federal com mais de 102 mil votos, sendo o segundo mais votado em Alagoas. Em 2020, disputou a Prefeitura de Maceió, sendo derrotado no segundo turno pelo candidato do PSB, JHC.

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