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Diretor Pedro Almodóvar pede ao governo espanhol para romper relações com Israel
Pedro Almodóvar, renomado cineasta espanhol, solicitou nesta quarta-feira (27) que o governo da Espanha, liderado por Pedro Sánchez, corte completamente os laços diplomáticos e comerciais com Israel devido às ações violentas na Faixa de Gaza.
Em um vídeo publicado na conta de Instagram de sua produtora El Deseo, Almodóvar afirmou: “Sou Pedro Almodóvar, diretor de cinema, e peço ao nosso governo que termine todas as relações diplomáticas, comerciais e de qualquer outro tipo com o Estado de Israel em repúdio às ações violentas contra o povo de Gaza, observadas mundialmente”.
O cineasta, vestindo uma camisa polo azul, pediu ainda que Pedro Sánchez convencesse os aliados europeus da Espanha a também adotarem essa mesma postura de condenação.
Almodóvar, conhecido por filmes como “Tudo Sobre Minha Mãe” e “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, já havia se posicionado anteriormente sobre o conflito, assinando junto a outros artistas espanhóis, como Javier Bardem, uma carta na qual criticavam a postura silenciosa frente à violência em Gaza. Essa carta foi divulgada durante o Festival de Cannes em maio.
O governo espanhol tem sido uma das vozes europeias mais firmes contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e às ofensivas contra Gaza.
O próprio Sánchez qualificou em junho a ofensiva israelense na Faixa de Gaza como um “genocídio”, expressão que poucos líderes internacionais adotaram até então.
O chefe do governo espanhol, que reconheceu oficialmente a Palestina como um Estado em maio de 2024, junto com Irlanda e Noruega, tem concentrado sua política externa no apoio à causa palestina nos últimos 18 meses, embora ainda não tenha rompido as relações com Israel.
O ataque perpetrado pelo grupo Hamas em 7 de outubro resultou na morte de 1.219 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo dados oficiais compilados pela AFP.
As ações de resposta de Israel têm causado pelo menos 62.819 mortes em Gaza, predominantemente civis, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza, que é reconhecido pela ONU como fonte confiável, embora não detalhe quantos desses eram combatentes.

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