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Queda nas reservas americanas impulsiona preços do petróleo

Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (27), influenciados por uma nova redução nas reservas de petróleo bruto nos Estados Unidos e por uma demanda que continua forte no país.
O barril de Brent do Mar do Norte, com entrega prevista para outubro, registrou alta de 1,23%, atingindo US$ 68,05. Já o West Texas Intermediate (WTI) para setembro avançou 1,42%, chegando a US$ 64,15.
Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, explicou à AFP que “os preços do petróleo foram favorecidos pela queda nas reservas, tanto de petróleo bruto como de produtos refinados”.
Na semana encerrada em 22 de agosto, as reservas comerciais americanas caíram em 2,4 milhões de barris, superando a expectativa dos analistas que previam uma redução de cerca de 2 milhões de barris.
Excluindo-se a reserva estratégica, os estoques totalizavam 418,3 milhões de barris.
Porém, a reserva estratégica teve aumento, alcançando 404,2 milhões de barris, o seu nível mais alto desde outubro de 2022.
Além disso, a quantidade de produtos refinados distribuídos no mercado americano subiu ligeiramente (+0,5%), e a demanda por gasolina, categoria amplamente observada, cresceu 4,5%, quebrando novamente a marca simbólica de 9 milhões de barris por dia.
Andy Lipow também comentou: “A demanda está forte (…) e esperamos uma recuperação ainda maior”, principalmente devido ao feriado prolongado do Dia do Trabalho nos EUA na próxima segunda-feira.
Ao mesmo tempo, a tarifa alfandegária dos EUA sobre produtos importados da Índia aumentou de 25% para 50%, decisão tomada pelo presidente Donald Trump em resposta às compras indianas de petróleo russo.
Andy Lipow destacou que “com essas tarifas em vigor, o mercado vai observar se a Índia mantém seu nível atual de compra de petróleo russo ou se diminui ligeiramente”.
A Índia é o segundo maior comprador de petróleo da Rússia após a China, representando cerca de 36% das importações russas em 2024, um aumento significativo frente aos aproximadamente 2% registrados antes do conflito na Ucrânia em 2022, segundo dados do Ministério do Comércio da Índia.

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