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Parceiro de hacker planejava ataques a moradores de rua

Um adolescente de 17 anos, que também enviou ameaças ao youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, após o influencer denunciar a exploração de crianças na internet, foi identificado pela Polícia Civil de São Paulo como líder de um grupo em aplicativo de mensagens que orquestrava ataques contra moradores de rua.
O jovem agia em conjunto com Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, preso em Olinda (PE) e considerado um integrante importante da organização criminosa chamada “Country”.
A rede criminosa sob comando do adolescente tem membros investigados em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Pará, Pernambuco, e no Distrito Federal.
Em julho, a segunda fase da Operação Nix, que envolveu forças de segurança de seis estados e do Distrito Federal, investigou não só os ataques a moradores de rua, mas também a violência contra animais em situação de abandono. A investigação começou em novembro do ano anterior pelo Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
O ambiente virtual onde o grupo atua inclui as redes sociais Discord e Telegram, utilizadas para coordenação dos crimes, que incluem a distribuição de conteúdos ilegais, ameaças, violência e tortura.
Crimes e apologia ao nazismo
Apesar de ser afrodescendente, o adolescente fazia apologia ao nazismo e à supremacia branca, induzindo vítimas à automutilação e uso do próprio sangue para escrever mensagens racistas e símbolos nazistas.
Entre os crimes atribuídos ao jovem estão:
- Exploração de menores com distribuição e venda de material pornográfico infantil;
- Coação para atos sexuais por plataformas digitais;
- Incentivo à automutilação, com fotos assinadas com seu codinome;
- Ameaças e exposição de dados pessoais para intimidação;
- Violência contra animais documentada em fotos e vídeos;
- Divulgação de símbolos e mensagens nazistas.
Ameaças a influenciador e psicóloga
Cayo e o adolescente são monitorados desde o ano passado por crimes que incluem extorsão e invasão a sistemas oficiais, entre eles órgãos públicos como Detran, Polícia Civil, Justiça e Receita Federal.
O grupo ameaçou Felipe Bressanim Pereira e a psicóloga Ana Dornellas Chamati após a divulgação de denúncias envolvendo pedofilia e adultização de crianças na internet.
As ameaças incluíam ofensas graves e ameaças de violência contra eles e suas famílias.
Manipulação de sistemas e mandado fraudulento
Cayo Lucas utilizou o codinome F4llen para compartilhar um mandado de prisão falso contra Felipe Bressanim Pereira em um sistema nacional, tentando manchar sua imagem.
Apesar da tentativa, o Conselho Nacional de Justiça afirmou que o sistema não foi invadido e que não houve inserção do documento falso.
O grupo também usava as redes sociais para oferecer serviços ilegais de invasão e manipulação de sistemas governamentais, inclusive para prejudicar clientes que não cumpriam acordos financeiros.

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