Líder do CDC dos EUA rejeita demissão e afirma que continuará no cargo

A diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Susan Monarez, contestou publicamente a notícia sobre sua demissão e declarou que não abrirá mão do posto. Apesar de seu cargo constar como vago no site oficial da agência, os advogados que a representam afirmam que ela permanece no comando da instituição.

Em uma postagem no Bluesky, o advogado Mark Zaid, representante legal de Susan Monarez junto com Abbe Lowell, afirmou categoricamente que sua cliente “não renunciou, nem foi oficialmente demitida, e não pretende renunciar”.

Segundo Zaid, embora funcionários da Casa Branca tenham informado a demissão, o processo não tem validade legal. Como diretora nomeada pelo presidente e confirmada pelo Senado, somente o presidente tem autoridade para demiti-la, motivo pelo qual eles consideram a notificação inválida e sustentam que ela continua atuando como diretora do CDC.

Em comunicado conjunto divulgado também pelo Bluesky, os advogados destacam que Susan Monarez, conhecida por sua integridade e compromisso com a ciência, não irá deixar o cargo. Eles criticam o secretário de Saúde, Robert Kennedy Jr., e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) por transformar a saúde pública em um instrumento político, especialmente após a diretora se recusar a apoiar diretrizes que consideram não científicas e irresponsáveis.

Por sua vez, o HHS declarou no X que Susan Monarez não é mais diretora do CDC, agradecendo sua dedicação em prol da população americana. Segundo o órgão, o secretário Robert Kennedy Jr. mantém confiança completa na equipe do CDC, que continuará atuando para proteger os cidadãos contra doenças infecciosas, tanto no país quanto internacionalmente.

A Casa Branca justificou a decisão explicando que a demissão ocorreu porque a diretora não estava alinhada com a agenda do presidente Donald Trump. Após ela se negar a renunciar ao cargo, foi afastada, conforme declarou o porta-voz Kush Desai.