Déficit primário do setor público atinge R$ 66,6 bilhões em julho, diz BC

O setor público consolidado, que inclui governo central, Estados, municípios e empresas estatais (excluindo Petrobras e Eletrobras), registrou um déficit primário de R$ 66,566 bilhões em julho. Este valor supera o resultado negativo de R$ 47,091 bilhões verificado em junho, conforme divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira, 29.

Esse déficit foi um pouco maior do que a mediana estimada pela pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para um déficit de R$ 63,250 bilhões. Todas as previsões do mercado indicavam saldo negativo, variando entre R$ 71,20 bilhões e R$ 58,0 bilhões.

Trata-se do maior resultado negativo para o mês de julho desde 2020, quando o déficit primário do setor público chegou a R$ 81,071 bilhões. Em julho de 2024, por sua vez, o déficit foi de R$ 21,348 bilhões.

Separadamente, o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) teve um déficit primário de R$ 56,361 bilhões em julho. Estados e municípios apresentaram déficit de R$ 8,148 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit de R$ 2,058 bilhões.

Em detalhes, os Estados tiveram déficit de R$ 6,546 bilhões, ao passo que os municípios enfrentaram déficit de R$ 1,602 bilhão.

Resultado acumulado

De janeiro a julho de 2025, o setor público consolidado acumulou um déficit primário de R$ 44,537 bilhões, o que corresponde a 0,61% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informações do Banco Central.

Esse resultado negativo foi puxado por um déficit de R$ 68,684 bilhões nas contas do governo central, equivalente a 0,95% do PIB. Por outro lado, Estados e municípios registraram superávit de R$ 32,431 bilhões (0,45% do PIB), enquanto as empresas estatais apresentaram déficit de R$ 8,285 bilhões (0,11% do PIB).

Individualmente, os Estados acumularam superávit de R$ 27,621 bilhões nos primeiros sete meses do ano, e os municípios tiveram saldo positivo de R$ 5,170 bilhões.