Moraes solicita parecer da PGR sobre soltura de Braga Netto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie sobre o novo pedido de soltura apresentado pela defesa do general Braga Netto.

General da reserva e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, o militar está detido desde dezembro do ano anterior, acusado de atrapalhar as investigações relacionadas à tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Braga Netto também é um dos réus centrais do processo que começará a ser julgado na próxima terça-feira (2).

No dia 6 deste mês, Moraes optou por manter a prisão do general, ressaltando que existem evidências da participação de Braga Netto na tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro.

“Destaco que estão presentes os requisitos do art. 312 [CPP] referentes a Walter Souza Braga Netto, o que justifica a continuidade da prisão preventiva para garantir a aplicação da lei penal e proteger a ordem pública, diante do risco representado pela liberdade do acusado e das fortes evidências relacionadas à gravidade dos crimes atribuídos”, decidiu Moraes.

Nas investigações sobre o plano golpista, a Polícia Federal encontrou indícios de que o general, acusado como um dos principais organizadores do esquema, tentou acessar informações sigilosas da delação de Mauro Cid, ex-assistente de ordens de Bolsonaro.

Após a detenção, a defesa do general afirmou que ele não atrapalhou as investigações.