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Macaúba: biocombustível que vai mudar a vida de agricultores em MG

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A agricultora Maria Eunice Soares de Machado Costa, com 60 anos, moradora de Montes Claros (MG), percebeu que a macaúba que cultiva pode transformar sua realidade e impactar o mundo.

Nesta sexta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a chamou de “revolucionária” durante a inauguração do Centro de Tecnologia e Inovação Agroindustrial da empresa Acelen Renováveis, que usará a macaúba para produzir biocombustível com um investimento estimado em US$ 3 bilhões.

Maria Eunice declarou: “É uma grande satisfação saber que nós, agricultores, faremos parte desse investimento que beneficia a todos, inclusive o meio ambiente.” Ela integra a Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativista Ambiental do Vale do Riachão.

Durante o evento, o presidente Lula destacou a luta da agricultora desde os anos 1990 pela sustentabilidade local e afirmou: “Ela é fundamental para a história da sobrevivência da macaúba nesta região.”

Luta pela produção

Maria Eunice relatou que o Rio Riachão, que banha a área, começou a secar após a instalação de pivôs de irrigação por fazendeiros locais, que prejudicaram pequenos produtores. “Foram anos de luta até conseguirmos impedir o uso exclusivo da água pelos grandes produtores.”

A empresa explicou que o fruto colhido pelos agricultores passa por limpeza e esmagamento, sendo o óleo vegetal extraído transformado em querosene de aviação verde e diesel verde.

O projeto abrange 180 mil hectares plantados, com 20% cultivados por pequenos agricultores, e prevê a geração de 85 mil empregos em uma década.

Compromisso ambiental e futuro

O presidente Lula afirmou que o Brasil será líder mundial na transição para energias renováveis e que a produção de macaúba não implicará desmatamento, usando terras degradadas para o cultivo.

Ele destacou a importância de parcerias comerciais para a sustentabilidade global e afirmou que o Brasil deve buscar seu próprio caminho para o desenvolvimento, sem depender exclusivamente de outros países.

Lula finalizou ressaltando que, enquanto a primeira safra não chega, os agricultores receberão um pró-labore, mostrando o compromisso com os produtores rurais.

Transformação pela educação

No mesmo evento, o técnico de operações sênior da empresa, João Paulo dos Santos Fonseca, compartilhou que políticas públicas lhe permitiram concluir a graduação em engenharia de produção com apoio do Fies, superando dificuldades financeiras sem interromper os estudos.

Ele afirmou que essa oportunidade mudou sua vida e que atualmente contribui com entusiasmo para a transição energética do Brasil, desejando inspirar outros jovens a acreditarem em seu potencial.

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