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Nunes critica penas do 8/1 e duvida julgamento no STF

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, expressou nesta quinta-feira (4) uma crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelas sentenças aplicadas aos condenados pelos eventos do dia 8 de janeiro. Ele também questionou a imparcialidade do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados da suposta conspiração golpista.
Ao citar o caso de Débora Rodrigues, conhecida como “Débora do Batom”, que recebeu uma pena de 14 anos por escrever “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao STF, Nunes considerou que a punição é desproporcional ao ato praticado.
“Vandalismo deve ser punido com rigor. Porém, alguém que usou apenas um batom para fazer uma pichação em uma estátua, embora errado, não merece 14 anos de prisão”, afirmou ele.
Débora foi condenada por sua participação nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília.
Nunes comparou a situação ao uso de medicamentos: “Qualquer remédio, se tomado em excesso, vira veneno. Até remédio deve ser usado na medida certa”, comentou em entrevista com jornalistas.
Nunes também levantou dúvidas sobre a imparcialidade do STF na análise do caso de Bolsonaro e dos demais réus ligados à suposta trama golpista depois das eleições de 2022.
“Se o julgamento fosse justo, por que não seria realizado com os 11 ministros? Por que ocorre com apenas cinco? Um é advogado do Lula, outro é adversário do Bolsonaro, e outro foi indicado por Lula. Isso mostra falta de imparcialidade. Será que há justiça? Não creio. Se fosse com os 11 ministros, a discussão seria mais ampla e justa”, disse ele.
Com o julgamento da trama golpista avançando no Supremo, o debate sobre anistia ganhou destaque. Nunes defende a necessidade de pacificação no país.
“O mais importante é pacificar o país. Se a pacificação requer medidas como a votação da anistia para entender alguns excessos do STF, isso pode ser um caminho. Seja pela direita ou pela esquerda, é inegável o que está acontecendo”, explicou.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também tem reforçado seu apoio ao projeto de anistia e esteve em Brasília buscando o apoio de aliados à proposta.

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