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Maduro alerta para ‘república em armas’ em caso de ataque dos EUA no Caribe

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira, 1º de setembro, que legalmente instauraria uma ‘república em armas’ se as forças militares americanas enviadas ao Caribe atacassem o país. Os Estados Unidos anunciaram o reforço da sua frota naval na região para combater o tráfico de drogas, sem, entretanto, indicar uma invasão terrestre. De qualquer forma, o governo venezuelano deslocou tropas para as regiões costeiras e para a fronteira com a Colômbia, além de convocar civis para formarem milícias.
Maduro alertou que “oito embarcações militares equipadas com 1.200 mísseis e um submarino” estão direcionados para a Venezuela, o que representa uma ameaça grave, injustificada e criminosa.
Ele acrescentou: “Diante dessa forte pressão militar, estamos preparados ao máximo para defender nosso país.”
De acordo com o líder venezuelano, o total de milicianos, reservistas e recrutados já alcançou 8,2 milhões.
Enquanto isso, o governo do presidente Donald Trump defende que a operação é essencial para controlar o tráfico de fentanil e outras drogas, o que foi contestado pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil. Ele mencionou um relatório da ONU que indica que 87% da cocaína produzida na Colômbia é transportada pelo Pacífico, e apenas 5% passa pela Venezuela.
Gil alertou que a retórica adotada pelos Estados Unidos coloca toda a região em risco e que uma agressão militar poderia causar uma desestabilização total.
Durante a coletiva, Maduro reafirmou sua vitória nas eleições de 2024, um resultado não reconhecido por diversas nações. Ele afirmou manter canais de diálogo com Washington e chamou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de “senhor da guerra”.
Segundo Maduro, uma eventual ofensiva militar dos EUA contra Caracas resultaria em uma mancha sangrenta nas mãos do presidente Trump.

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