PGR pede que Braga Netto continue preso

Paulo Gonet, procurador-geral da República, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (1°) um parecer contrário ao novo pedido de soltura da defesa do general Braga Netto.

O general da reserva e vice na chapa de Jair Bolsonaro na eleição de 2022 está detido desde dezembro do ano passado, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é um dos principais réus envolvidos no centro da trama golpista, cujo julgamento começou nesta terça-feira (2).

Em decisão recente, o ministro Alexandre de Moraes manteve a prisão de Braga Netto, destacando as evidências da participação do general na tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro.

A defesa do militar recorreu da decisão, e o ministro solicitou um parecer da PGR antes de analisar novamente o caso.

No parecer, Gonet defendeu que a prisão deve continuar. Ele ressaltou que as razões que fundamentaram a prisão temporária permanecem válidas, já que não surgiram fatos novos que justifiquem a revogação ou alteração da medida.

Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que Braga Netto, apontado como um dos principais articuladores do golpe, tentou acessar informações confidenciais da delação de Mauro Cid, ex-assistente de Bolsonaro.

Após a prisão, a defesa do general negou que ele tenha interferido nas investigações.