Protesto pró-Palestine Action termina com 150 prisões em Londres

Cerca de 150 pessoas foram detidas neste sábado (6) em Londres durante uma manifestação de apoio ao grupo Palestine Action, que é considerado “terrorista” e está proibido desde o início de julho, segundo informou a polícia da cidade.

Centenas de manifestantes se reuniram ao meio-dia em frente ao Parlamento britânico, desafiando o risco de prisão, carregando cartazes com mensagens como “Eu sou contra o genocídio. Apoio a Palestine Action”.

A polícia já havia avisado na sexta-feira que prenderia qualquer pessoa que expressasse apoio explícito à Palestine Action.

Polly Smith, aposentada de 74 anos, declarou: “Não somos terroristas. A Palestine Action tem o direito de existir. A proibição deve ser anulada.”

Nigel, de 62 anos, que preferiu não revelar seu sobrenome, disse à AFP: “Nosso governo decidiu proibir uma organização, o que é muito errado. Deveriam focar em tentar acabar com o genocídio em Gaza, em vez de combater as manifestações.”

Enquanto ele apresentava um cartaz em apoio ao grupo, foi detido pela polícia, enquanto outros participantes protestavam contra sua prisão.

Em julho, a Palestine Action foi incluída na lista de organizações terroristas do Reino Unido após atos de vandalismo cometidos por seus membros, incluindo ataques a uma base da força aérea.

Desde então, o movimento Defend Our Juries tem organizado protestos contra esta proibição, considerada desproporcional pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Antes do protesto deste sábado, mais de 800 pessoas já haviam sido presas e 138 denunciadas por apoiar ou incitar uma organização terrorista. A maioria dos envolvidos pode ser condenada a até seis meses de prisão, e os considerados líderes dos atos podem pegar até 14 anos de reclusão.

Também neste sábado, milhares de pessoas participaram de uma manifestação em Londres em apoio à causa palestina, expressando solidariedade e pedindo o fim das agressões na região.