Silas Malafaia critica Moraes em ato na Paulista: ‘Dizer opinião é crime?’

O pastor Silas Malafaia afirmou neste domingo, 7, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem violado repetidamente a Constituição. Malafaia falou sobre o inquérito das fake news, chamando-o de ‘imoral e ilegal’. ‘Que tipo de democracia é essa? Um homem destruindo o Estado democrático de Direito. Achei que minha vez estava demorando a chegar. Aí ele me inclui numa investigação de obstrução de justiça e coação no processo. O que eu tenho a ver com isso?’, questionou durante um ato bolsonarista na Avenida Paulista.

‘É crime dar opinião, aconselhar, criticar, influenciar?’, completou o pastor, que recentemente foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal e teve seu passaporte confiscado. Ele alegou que a forma de agir de Moraes é ‘intimidar, silenciar e bloquear opositores’. ‘Mas escolheu a pessoa errada para isso’, afirmou, comparando ainda a atuação do ministro à ‘Gestapo’. ‘Às vezes falo coisas inadequadas, mas prefiro isso a ver a democracia brasileira ser destruída’, refletiu.

Malafaia usou seu discurso para se defender das ações da PF. ‘Parecem que Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo são alunos de uma escolinha comandada pelo tio Silas. É tudo coisa de criança que o tio Silas lidera’, ironizou. Ele também comentou a apreensão de seus cadernos, afirmando: ‘Tinha três cadernos de esboços bíblicos em minha mala. O policial da Gestapo mandou recolhê-los, são minhas ferramentas de trabalho’. ‘Moraes, você não faz só perseguição política, faz perseguição religiosa também’, acrescentou.

O pastor revelou que encaminha a ministros do STF os vídeos que publica em suas redes sociais. ‘Circula o boato de que os ministros estão em conluio comigo e que prevaricaram? Claro que não’, afirmou, novamente mencionando a ‘Gestapo’ de Moraes. Ele também declarou que tanto ele quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro foram contra a ida de Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos. ‘Se ele estivesse aqui, já estaria preso’, sustentou.