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7 de Setembro no DF marcou soberania, Lula com Motta e STF ausente

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou na manhã deste domingo do tradicional desfile de 7 de setembro, acompanhado por ministros e outras autoridades de seu governo.

Este ano, o governo utilizou a data para enfatizar a mensagem de soberania nacional e patriotismo, em contraste direto com a narrativa bolsonarista, além das repercussões ao aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), convidados para o evento na Esplanada dos Ministérios, optaram por não comparecer.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, aproximadamente 45 mil pessoas estiveram presentes na cerimônia, número maior que o do ano anterior, que contou com 30 mil participantes.

Os prédios dos ministérios foram decorados com cartazes exibindo as frases “Brasil Soberano” e “Governo do Brasil do lado do povo brasileiro”. O slogan “Brasil Soberano” também esteve presente nos bonés distribuídos pela Secom.

A ausência dos ministros do STF é vista por aliados do governo como uma decisão estratégica para evitar recrudescimento das tensões institucionais.

Desde o início da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe envolvendo Bolsonaro, a relação entre a Corte e os bolsonaristas tem sido uma das mais delicadas na política brasileira. O processo no STF pode levar à condenação do ex-presidente, que está em prisão domiciliar desde o começo de agosto, intensificando o clima de hostilidade.

Do Legislativo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), cumpriu agenda fora de Brasília, enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), representou o Congresso no desfile.

Estiveram presentes também figuras de partidos que recentemente deixaram a base aliada, como União Brasil e Progressistas. A presença dos ministros André Fufuca (Esportes), Waldez Goés (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira Filho (Comunicações) foi interpretada pelo Planalto como um indicativo de que parte da liderança ainda apoia a agenda do governo, apesar da saída formal dos partidos.

Durante o desfile, o governo destacou programas governamentais e a campanha de vacinação, com a participação do mascote Zé Gotinha. Também foram apresentados projetos como o Novo PAC e a realização da COP30 no Brasil, que acontecerá em Belém.

Antes do evento, foi lançada uma canção patriótica interpretada pela ministra Margareth Menezes, que incluiu versos como “Bate forte coração, orgulho verdadeiro/ É o governo do Brasil, do povo brasileiro” que animou a cerimônia.

Na parte militar do evento, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, teve papel central, acompanhado por ministros como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Camilo Santana (Educação), Marina Silva (Meio Ambiente), Rui Costa (Casa Civil), Celso Sabino (Turismo), Jader Filho (Cidades), Anielle Franco (Igualdade Racial), Ricardo Lewandowski (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde), Simone Tebet (Planejamento) e o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio), reforçando o grupo político próximo ao presidente.

O público presente entoou gritos de “sem anistia” em referência à proposta em discussão no Congresso para conceder perdão aos envolvidos nos episódios de 8 de janeiro de 2023.

A ausência de Davi Alcolumbre ocorreu em meio às discussões sobre a anistia aos participantes dos eventos de 8 de janeiro — pauta sobre a qual ele já se manifestou contrário a um perdão amplo, apesar da proposta avançar no Legislativo.

Hugo Motta conversou com Geraldo Alckmin no início da cerimônia, além de dialogar com outros ministros, como Celso Sabino, Ricardo Lewandowski, Sidônio Palmeira, Gleisi Hoffmann e Renan Filho. Os deputados Rogerio Carvalho e Lindbergh Farias cumprimentaram o representante.

Outro destaque da ausência foi o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que viajou a Washington para participar de um encontro empresarial promovido pelo grupo Lide.

Pronunciamento na televisão

Na noite anterior, o presidente fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para celebrar a data. O discurso, com pouco mais de cinco minutos, foi marcado por críticas a pressões externas e a políticos que, segundo ele, atuam contra os interesses do país. “O Brasil não será colônia de ninguém. O único dono deste país é o povo brasileiro”, declarou.

Lula destacou que o Brasil mantém relações amigáveis com outras nações, mas não aceita interferências ou ordens. Ao mencionar adversários que promovem ataques em acordos internacionais, classificou-os como “traidores da pátria” e afirmou que “a história não os perdoará”.

O presidente também citou bandeiras de seu governo, como a regulação das redes sociais, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a defesa do Pix.

Segurança durante o evento

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que não houve registros de incidentes durante o desfile de 7 de setembro nem nas manifestações realizadas no mesmo dia até o início da tarde. A corporação destacou que as medidas de revista funcionaram eficientemente, garantindo a segurança do público e impedindo a entrada de materiais proibidos.

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