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Lula propõe solução prática para Ucrânia e repudia ocupação em Gaza

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou nesta segunda-feira, 8, durante encontro com líderes do Brics, a importância de encerrar o conflito na Ucrânia por meio de um acordo que seja viável e respeite as preocupações legítimas de segurança de todas as partes envolvidas.
Em seu discurso realizado virtualmente, Lula destacou que eventos recentes, como a reunião em agosto no Alasca entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, são passos importantes rumo à pacificação da região.
O presidente mencionou que o planeta enfrenta um período de instabilidade crescente e apontou que iniciativas africanas, assim como o Grupo de Amigos para a Paz, formado por China e Brasil, podem colaborar promovendo o diálogo e a diplomacia.
Lula também fez duras críticas à ocupação da Faixa de Gaza por Israel, afirmando que essa ação merece uma forte condenação. O Brasil se unirá à África do Sul em ações na Corte Internacional de Justiça para buscar respostas a essa situação.
Segundo ele, a decisão de Israel de controlar a Faixa de Gaza e a possível anexação da Cisjordânia exigem uma condenação vigorosa, destacando a urgência em cessar o que chamou de genocídio e suspender as operações militares nos territórios palestinos.
Além disso, Lula defendeu a necessidade de assegurar a soberania digital e reforçou a demanda por regras mais rígidas para as grandes empresas de tecnologia.
Ele ressaltou que, sem uma governança democrática, poderá predominar o domínio de poucas empresas de determinados países, deixando as nações vulneráveis a influências externas. Para Lula, isso não significa isolamento tecnológico, mas sim incentivar a cooperação com ecossistemas nacionais independentes e regulamentados.
A reunião virtual teve duração aproximada de uma hora e meia e contou com a participação de lideranças da China, Egito, Indonésia, Irã, Rússia, África do Sul, além do príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, do chanceler da Índia e do vice-ministro das Relações Exteriores da Etiópia.

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