Economia
Governo cria sistema para apostadores fecharem contas em todas as plataformas

O Ministério da Fazenda está desenvolvendo um sistema que permitirá que os jogadores de apostas cancelem simultaneamente todas as suas contas em sites de jogos online.
Essa iniciativa faz parte de um grupo de trabalho governamental com o objetivo de minimizar os impactos negativos na saúde causados pelas apostas no país.
Atualmente, todas as casas de apostas autorizadas possuem um recurso que possibilita a autoexclusão de contas em seus próprios sites. A proposta agora é centralizar essa função, permitindo que o usuário encerre todas as suas contas em diferentes plataformas de apostas de uma única vez, já que muitos apostam em mais de um site.
Além disso, ao optar por essa exclusão, o jogador deixará de receber anúncios relacionados a apostas.
O desenvolvimento dessa ferramenta envolve, além do Ministério da Fazenda, os Ministérios da Saúde, do Esporte e a Secretaria de Comunicação.
Ministério da Saúde planeja investir na capacitação de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) para oferecer atendimento especializado a pessoas com ludopatia, que é o transtorno do vício em jogos de azar.
O Ministério do Esporte prepara medidas similares direcionadas aos atletas, oferecendo treinamento para conscientizá-los sobre manipulação de resultados e como enfrentar questões relativas a apostas durante a carreira esportiva.
De acordo com a Pesquisa O GLOBO/Ipsos-Ipec, 16,6% dos torcedores brasileiros já realizaram apostas em jogos de futebol.
Dados da Secretaria de Apostas e Prêmios (SPA) do Ministério da Fazenda indicam que, no primeiro semestre de 2025, 17,7 milhões de pessoas acessaram plataformas autorizadas, enquanto mais de 15,4 mil páginas de sites ilegais foram desativadas.
O levantamento também revela que a receita bruta acumulada das empresas autorizadas de jogos online, conhecida como Gross Gaming Revenue (GGR), chegou a R$ 17,4 bilhões no mesmo período.
A legalização dos jogos online e apostas esportivas foi implementada no Brasil desde o final de 2018, durante o governo do presidente Michel Temer, e teve sua regulamentação aprovada pelo Congresso em 2023.

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