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Dino usa ironia para expor golpe no STF

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uso de ironias marcantes em seu voto durante o julgamento da tentativa golpista, destacando a gravidade dos fatos e desmontando a narrativa dos acusados.
Ele combinou argumentos jurídicos com imagens expressivas para que o público compreendesse a seriedade dos ataques contra o Estado democrático de direito.
Dino declarou que “O plano não era um símbolo religioso, mas sim uma ameaça agressiva”, referindo-se ao documento que circulou entre aliados de Jair Bolsonaro com sugestões para eliminar autoridades, como o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Ele destacou: “Os acampamentos não ocorreram em templos, mas sim em bases militares”, ressaltando o caráter político claro das ações diante de unidades das Forças Armadas, que contavam com armamentos pesados.
Para o ministro, essa situação representava uma pressão intolerável sobre os militares, que foram alvo de tentativas para envolvê-los em um golpe.
Dino também desmentiu a ideia de que os atos violentos poderiam ser trivializados, fazendo uma ironia ao dizer: “Não se enfrenta a polícia com gestos simbólicos de paz; houve resistência física até chegar à Praça dos Três Poderes.”
Outra ironia foi dirigida às críticas feitas ao Supremo: “É curioso afirmar que um tribunal constitucional seja autoritário, quando na verdade ele protege a democracia contra tiranias.”
Comentando a postura do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Dino rememorou uma ocasião em que o militar cantava para criticar o Centrão, apontando que sua atuação no segundo semestre de 2022 foi discreta e que sua participação foi mínima, segundo o artigo 29 do Código Penal.
As observações de Dino complementaram o voto do relator Alexandre de Moraes, que ressaltou a distância entre as Forças Armadas e os envolvidos na trama, apontando que a falta de apoio dos militares foi crucial para o insucesso do golpe.
O julgamento segue esta semana com as contribuições dos demais ministros.

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