Sindicato questiona venda da SIX pela Petrobras à Questerre

A venda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), situada em São Mateus do Sul (PR) e realizada pela Petrobras em 2022, está sendo contestada pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC).

A entidade, que faz parte da Federação Única dos Petroleiros (FUP), enviou um pedido de acesso à informação tanto para a Petrobras quanto para o Ministério de Minas e Energia (MME).

A unidade foi vendida por US$ 41,6 milhões para a empresa canadense F&M Resources, uma subsidiária da Forbes & Manhattan, que depois foi adquirida pelo grupo Questerre, também do Canadá.

Segundo o Sindipetro PR/SC, a operação ocorreu sem transparência e sem divulgação adequada do valor envolvido.

No pedido, o sindicato busca esclarecimentos sobre os investimentos feitos pela Petrobras na SIX desde 2023; as consequências da venda da subsidiária Paraná Xisto S.A. (PX Energy S.A.) para a Questerre em relação a contratos estratégicos; o futuro das áreas rurais de mineração associadas à unidade; e a responsabilidade da Petrobras pelos passivos ambientais, trabalhistas e fiscais resultantes dessas operações.

O advogado Rodrigo Salgado, da Advocacia Garcez, que representa os petroleiros no processo, destaca que a venda da Six esteve envolvida desde o início em controvérsias e disputas judiciais.

A unidade da Six está localizada sobre uma das maiores reservas mundiais de xisto, um tipo de rocha que é utilizada para produzir combustíveis, como o gás liquefeito de petróleo (GLP).