Centro-Oeste
Inflação em Brasília cresce 0,11% em agosto e alcança 3,37% no ano
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou o balanço mais recente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na quarta-feira, 10 de setembro. Conforme o levantamento, a inflação em Brasília subiu 0,11% em agosto, representando um aumento em relação ao mês anterior, que havia se mantido praticamente estável, com variação de 0,01%. No acumulado do ano, o IPCA da capital atingiu 3,37%, e em 12 meses, a alta foi de 4,93%.
De nove grupos analisados, quatro apresentaram crescimento nos preços no último mês. Destacam-se os segmentos de vestuário (1,16%) e despesas pessoais (0,89%) como principais responsáveis pelo aumento. O aumento no vestuário foi puxado pelo expressivo acréscimo nos preços de joias e bijuterias, que subiram 3,04%, e roupas infantis, com alta de 1,81%. No grupo de despesas pessoais, o principal impulsionador foi a recreação, que teve crescimento de 1,86%.
O setor de alimentação e bebidas apresentou leve alta de 0,46%, influenciado principalmente pelo aumento nos preços de frutas (8%) e hortaliças e verduras (5,68%). Por outro lado, os grupos que diminuíram seus valores foram habitação, com redução de 0,63%, e transportes, que caiu 0,39%.
Dentre esses, o item energia elétrica, componente do grupo habitação, teve a maior queda, com recuo de 5,16%, decorrente da aplicação do Bônus de Itaipu nas contas de agosto.
Variação por grupo em agosto:
- Alimentação e bebidas: 0,46%
- Habitação: -0,63%
- Artigos de residência: -1,14%
- Vestuário: 1,16%
- Transportes: -0,39%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,55%
- Despesas pessoais: 0,89%
- Educação: -0,31%
- Comunicação: -0,15%
O IPCA nacional apresentou queda de 0,11% em agosto, registrando a primeira deflação do ano após sete meses consecutivos de alta. Essa taxa ficou abaixo da expectativa dos analistas do mercado financeiro, que previam uma redução de 0,15%. No acumulado do ano, o IPCA nacional subiu 3,15%, e em 12 meses, a alta alcançou 5,13%.
Desde 1979, o IPCA é calculado pelo IBGE e é considerado o indicador oficial da inflação no Brasil, sendo utilizado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano. O índice mede a variação mensal de preços de uma cesta diversificada de bens e serviços, abrangendo aproximadamente 90% da população urbana do país.
Os preços acompanham diversas categorias, como transporte, alimentação, habitação, saúde, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário e artigos de residência. A queda na energia elétrica residencial de 4,21% contribuiu significativamente para o resultado mensal, influenciada pela bandeira tarifária vermelha patamar nível 2, que adicionava R$7,87 a cada 100 kWh consumidos.
As previsões do mercado para a inflação deste ano ainda estão acima da meta oficial, embora as expectativas tenham se aproximado das projeções do Banco Central e do Ministério da Fazenda nas últimas semanas. Segundo o relatório Focus divulgado em 8 de setembro, a estimativa dos analistas para o IPCA de 2024 é de 4,85%. O Banco Central destaca que existe 70% de chance de a meta inflacionária não ser cumprida neste ano.
A próxima divulgação do IPCA referente a setembro está programada para 9 de outubro.


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