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Bolsonaristas aliviam pressão com voto favorável de Fux

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O voto favorável do ministro Luiz Fux pela absolvição de Jair Bolsonaro (PL) no julgamento referente à acusação de golpe trouxe alívio ao círculo próximo do ex-presidente e às lideranças do PL. Depois de dias tensos durante a análise da ação penal, líderes e parlamentares relataram uma sensação de alívio após a leitura das 500 páginas do voto.

Essa decisão isolada, mas importante de Fux, ajudou a diminuir a tensão e revigorou o ânimo dos apoiadores de Bolsonaro, que começavam a mostrar sinais de desânimo. Durante a noite, os simpatizantes se organizaram para uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, convocada por deputados federais.

No partido, essa decisão foi vista como um alívio temporário, mas que não foi suficiente para diminuir a pressão sobre Valdemar Costa Neto, que já enfrentava cobranças desde as medidas cautelares e a prisão domiciliar imposta a Bolsonaro. O dirigente do PL continua a ser pressionado para adotar uma postura mais atuante na defesa do ex-presidente.

Aliados observam que, enquanto os filhos do ex-presidente estão ativos nas manifestações públicas, Valdemar mantém uma postura mais reservada, o que tem gerado desconforto na ala mais fiel do partido.

Entende-se que, mesmo com o voto de Fux abrindo espaço para uma mudança no cenário, o PL precisa alinhar sua narrativa à absolvição e trabalhar para priorizar a anistia no âmbito legislativo, usando argumentos defendidos pelo ministro.

Em Brasília, Bolsonaro acompanhou a sessão ao lado da Michelle em sua residência. Pessoas próximas relataram que ele recebeu o voto com entusiasmo e, pela primeira vez em semanas, demonstrou otimismo, uma mudança em relação aos dias anteriores, marcados por apreensão e preocupações com a possibilidade de prisão em regime fechado.

O clima entre os filhos foi de celebração contida: Flávio permaneceu no Senado, Carlos compartilhou trechos do voto nas redes sociais, e Eduardo, dos Estados Unidos, procurou reforçar a ideia de que a Justiça está começando a reconhecer supostos excessos no processo contra o pai.

Apesar do entusiasmo renovado, a maioria dos deputados do PL acredita que a condenação é inevitável. Espera-se que a Corte forme a maioria nesta quinta-feira, com o voto da ministra Cármen Lúcia. Ainda assim, os líderes do partido buscam aproveitar politicamente a divergência aberta por Fux e se preparam para a defesa em um possível recurso. “Foi um sinal de que ainda há chances de reverter a situação”, resumiu um interlocutor.

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