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Centro-Oeste

Reginaldo Sardinha nega participação em desvio de verba pública

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O ex-deputado distrital Reginaldo Sardinha afirmou que não tem ligação com as supostas irregularidades investigadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), durante a segunda fase da Operação Armlock. Atualmente, ele atua como administrador regional do Sudoeste e da Octogonal.

A Vice-Procuradoria-Geral de Justiça e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizaram a operação com cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás, visando apurar um possível esquema de desvio de recursos públicos.

Reginaldo Sardinha expressou surpresa com sua menção na investigação, já que deixou o cargo parlamentar em 2022 e atualmente exerce funções administrativas no executivo local, sem ligação com emendas parlamentares.

O ex-deputado ressaltou seu compromisso com a transparência, ética e correta aplicação dos fundos públicos, colocando-se à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos. Ele demonstrou confiança de que as investigações irão comprovar a legalidade de sua atuação durante seu mandato parlamentar.

Durante seu período como deputado distrital, Sardinha destinou emendas para diversas instituições que promovem esporte e lazer no Distrito Federal, destacando que a fiscalização dessas emendas é responsabilidade dos órgãos executivos, sem influência do parlamentar.

As apurações indicam que Sardinha e a ex-secretária de Esporte e Lazer Giselle Ferreira de Oliveira, atualmente secretária da Mulher, estão sob investigação.

Investigação sobre desvio no Jiu-Jitsu

Os promotores analisam um esquema de desvio de recursos das parcerias entre a Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL/DF) e a Associação Centro-Oeste Jiu-Jitsu (COJJ), apontada como entidade fantasma. O grupo é suspeito de delitos como peculato, corrupção, fraudes administrativas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com a investigação, a COJJ facilitava o acesso a verbas públicas desviadas para financiar eventos privados da Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu Desportivo (FBJJD) e beneficiar integrantes da organização.

Empresas relacionadas ao esquema apresentavam orçamentos falsificados e notas superfaturadas para obter pagamentos maiores da Secretaria, com os valores excedentes sendo divididos entre servidores, empresários e dirigentes esportivos envolvidos.

Investigadores também apontam que servidores da SEL-DF tinham papel ativo na aprovação dos processos administrativos, autorizando e acompanhando todos os passos até a liberação dos recursos.

No centro do esquema está Francisco Grisolia Santoro, principal articulador das irregularidades e líder da FBJJD, que contava com o apoio de Giselle Ferreira de Oliveira para validar documentos fraudulentos e superar obstáculos legais.

Reginaldo Rocha Sardinha é citado por supostamente direcionar emendas para projetos simulados pela COJJ e receber uma porcentagem dos valores liberados.

Posicionamentos dos investigados

Giselle Ferreira reafirmou total confiança na lisura de sua gestão e demonstrou compromisso com honestidade e transparência, colocando-se disponível para colaborar com as autoridades.

A Secretaria de Esporte e Lazer reiterou seu acompanhamento às investigações e reafirmou o compromisso com a boa gestão e transparência no uso de recursos e contratos.

A Associação Centro-Oeste de Jiu-Jitsu esclareceu que não tem ligação com a Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu Desportivo e garantiu que todos os eventos realizados foram devidamente comprovados e aprovados em suas prestações de contas, colocando-se à disposição para esclarecer fatos perante a Justiça e órgãos competentes.

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