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Grupo de Bolsonaro planejou ataque contínuo às instituições

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Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal, afirmou no início do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus que há provas claras de que os acusados desenvolveram uma ação criminosa coordenada.

De acordo com a ministra, a Procuradoria-Geral da República apresentou evidências convincentes de que o grupo, liderado por Bolsonaro e composto por pessoas importantes do governo, das Forças Armadas e órgãos de inteligência, elaborou um plano sistemático e progressivo para atacar as instituições democráticas. O objetivo seria prejudicar a alternância de poder nas eleições de 2022 e enfraquecer o funcionamento dos demais poderes, especialmente o Judiciário.

Cármen Lúcia destacou que os réus utilizaram métodos semelhantes a milícias digitais para propagar ataques ao Judiciário e, em particular, ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Destacou que a urna eletrônica representa o povo brasileiro e que os ataques a ela não são isolados.

A ministra ressaltou que o sistema de votação brasileiro é um modelo reconhecido por sua eficiência, segurança e transparência, e que as tentativas de criar desconfiança são parte de uma série de ações planejadas.

Cármen Lúcia discordou da posição do ministro Luiz Fux, que votou contra classificar todos os réus como integrantes de organização criminosa, alegando falta de critérios técnicos. Para a ministra, o caso trata de uma organização criminosa com o intuito de controlar o poder e destruir o processo eleitoral, o que é uma ameaça grave e difundida na sociedade.

Ela também explicou que atacar a Justiça Eleitoral é mais difícil devido à confiança da população no processo e na urna eletrônica, fruto de transparência e segurança contínuas. Inovações são sempre testadas cuidadosamente, garantindo a integridade do sistema.

Concluindo, Cármen Lúcia alertou para o esforço coordenado de desmoralizar o processo eleitoral e o Judiciário, através de uma série de atos criminosos, mesmo que nem todos os envolvidos tenham conhecimento total do conjunto dessas ações.

No julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia foi a quarta ministra a votar. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os réus. O ministro Luiz Fux, por sua vez, votou pela condenação apenas de dois réus em um dos crimes e absolveu os demais.

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