Brasil
Lula fala com chanceler alemão Friedrich Merz
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, tiveram uma conversa telefônica na tarde desta quinta-feira (11), conforme comunicado pelo Palácio do Planalto. A chamada teve duração aproximada de 30 minutos.
Lula enfatizou a longa colaboração existente em questões ambientais e no combate às mudanças climáticas, destacando a relevância da COP30 a ser realizada em Belém, que visa reunir compromissos climáticos ambiciosos e adequados à gravidade da crise ambiental global. O chanceler Merz garantiu que a Alemanha estará representada em alto nível na COP de Belém, conforme divulgado pelo Planalto.
Os dois líderes também reafirmaram seu apoio à democracia e ao multilateralismo, e celebraram o progresso do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que foi encaminhado para avaliação pelo Conselho Europeu recentemente. Espera-se que este acordo seja assinado ainda este ano, integrando dois blocos econômicos que compreendem mais de 700 milhões de habitantes e que representam 26% do Produto Interno Bruto mundial.
As negociações do acordo entre a União Europeia e o grupo formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai foram concluídas em dezembro do ano anterior, após cerca de 25 anos de diálogos. Agora o acordo aguarda aprovação da União Europeia, que inclui votação no Parlamento Europeu e requer maioria qualificada entre os governos dos Estados-membros, ou seja, pelo menos 15 de 27 países representando 65% da população do bloco.
Embora não haja certeza de aprovação, especialmente devido à oposição de grandes países europeus como a França, cujo setor agrícola teme competição com o agronegócio brasileiro, os mandatários seguem confiantes no avanço do acordo.
Lula e Merz também concordaram em promover, no próximo ano, uma terceira reunião de alto nível entre Brasil e Alemanha, evento que tem ocorrido desde 2023. O presidente brasileiro confirmou a participação do país como convidado especial na Feira Industrial de Hannover em 2026, na qual o governo federal planeja montar cinco pavilhões e garantir a presença de 160 empresas brasileiras no evento.


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