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Barroso afirma que condenação de Bolsonaro marca fim do atraso

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou ao final do julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro que o processo simboliza o encerramento de um período de atrasos no país. Ele também elogiou o trabalho do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Barroso classificou o julgamento como um marco decisivo e enfatizou a importância da justiça para pacificar a nação.

O julgamento

Por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e seus aliados pelos crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, e outros delitos graves. Foram condenados também ex-ministros e militares por envolvimento nos atos golpistas.

Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes votaram pela condenação, enquanto o ministro Luiz Fux votou pela absolvição.

O ex-presidente recebeu uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão, enquanto os demais réus receberam penas variadas conforme sua participação nos crimes.

Argumentos dos ministros

Cármen Lúcia afirmou que as provas são claras quanto à tentativa de golpe e rejeitou as contestações das defesas quanto à competência do STF e demais alegações processuais.

Cristiano Zanin reforçou que os atos violentos de 8 de janeiro indicam a intenção clara de desestabilizar o país para justificar medidas autoritárias.

Alexandre de Moraes ressaltou que Bolsonaro foi o líder da organização criminosa e destacou provas de sua conduta golpista, incluindo discursos públicos que rejeitavam a derrota eleitoral.

Flávio Dino enfatizou que os crimes contra a democracia não têm espaço para anistia e defendeu punições proporcionais segundo o grau de envolvimento dos acusados.

Luiz Fux discordou dos demais ao defender que não houve tentativa de golpe por parte de Bolsonaro, argumentando que as provas não estabelecem sua responsabilidade direta nos atos do 8 de janeiro.

Defesa de Bolsonaro

A defesa do ex-presidente negou qualquer participação na trama golpista e contestou as provas, incluindo a delação do tenente-coronel Mauro Cid.

Desdobramentos políticos

Antes mesmo do desfecho do julgamento, o cenário político da direita buscava se reorganizar para as eleições de 2026, com nomes como o governador Tarcísio de Freitas sendo incentivados a disputar a presidência, diante da inelegibilidade de Bolsonaro.

Governadores de estados estratégicos já anunciaram intenções de candidatura, enquanto o Centrão trabalha para evitar a fragmentação do eleitorado de direita.

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