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Economia

Petróleo sobe cerca de 2% na semana com pressão das sanções à Rússia

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O preço do petróleo registrou alta e valorizou aproximadamente 2% durante a semana, refletindo o equilíbrio entre sinais conflitantes de oferta e a intensificação das tensões geopolíticas no cenário mundial. Apesar disso, analistas acreditam que o aumento nos preços pode ser temporário, com possibilidade de nova queda em breve.

Na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), o petróleo tipo WTI para entrega em outubro encerrou a sexta-feira (12) com alta de 0,51% (US$ 0,32), cotado a US$ 62,69 por barril. O Brent para novembro, negociado na Bolsa Intercontinental (ICE), subiu 0,93% (US$ 0,62), atingindo US$ 66,99 o barril. No acumulado da semana, WTI e Brent tiveram valorização de 1,32% e 2,27%, respectivamente.

Os preços abriram a manhã em alta de quase 2%, após países ocidentais reafirmarem compromisso com sanções à Rússia, buscando pressionar pelo encerramento do conflito na Ucrânia.

O Reino Unido revelou um novo conjunto com 100 medidas sancionatórias, focadas no petróleo russo e suas capacidades militares. Do mesmo modo, a União Europeia está finalizando um 19º pacote de sanções que inclui restrições adicionais à comercialização de petróleo russo, a navios petroleiros ilegais e instituições financeiras.

Em uma entrevista à Fox News, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu medidas mais rigorosas e declarou que sua “paciência está se esgotando” com o presidente russo Vladimir Putin. Fontes do Financial Times afirmam que os EUA estão pressionando os países do G7 para aplicarem tarifas elevadas contra Índia e China, que continuam adquirindo petróleo russo.

O banco holandês Rabobank observa que os mercados de petróleo e derivados estão estáveis, enquanto forças opostas — tensões globais, tarifas e o aumento na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados — atuam simultaneamente. A instituição destaca que não há tendência clara para alta ou baixa no curto prazo, e projeta preços menores para o Brent até 2026.

Já a consultoria Capital Economics analisa que os fundamentos do mercado indicam queda, apesar da resistência recente. A empresa britânica prevê que a oferta adicional da Opep+ aumentará o excesso de petróleo disponível, causando queda nos preços do Brent para valores abaixo de US$ 60 por barril até o final de 2025.

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