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Flotilha parte da Tunísia rumo a Gaza para abrir corredor humanitário

Após vários adiamentos, uma flotilha internacional com destino a Gaza partiu nesta segunda-feira (15) da Tunísia, com a missão de romper o bloqueio imposto por Israel e estabelecer um corredor para ajuda humanitária.
A ação conta com a participação da ambientalista sueca Greta Thunberg e outras figuras, como o brasileiro Thiago Ávila. O grupo busca criar um caminho seguro para o atendimento às populações palestinas afetadas, ressaltando a urgência de cessar o genocídio em meio ao conflito entre Israel e o Hamas.
Greta Thunberg declarou à AFP antes da partida do porto de Bizerta, na região norte tunisiana: “Nosso objetivo é fazer chegar à população de Gaza a mensagem de que o mundo não os abandonou”.
“Quando nossos governos não tomam as providências necessárias, somos obrigados a agir por conta própria”, acrescentou.
Quase 20 embarcações, que partiram originalmente de Barcelona, deixaram o porto tunisiano de Bizerta, algumas zarparam durante a madrugada da segunda-feira.
Yasemin Acar, integrante do comitê de coordenação magrebino da flotilha, compartilhou no Instagram fotos das embarcações exibindo mensagens como “O bloqueio a Gaza deve terminar” e “Estamos aqui por solidariedade, dignidade e justiça”.
Os barcos enfrentaram obstáculos durante a viagem, incluindo ataques com drones por duas noites consecutivas, conforme reportado pela Flotilha Global Sumud, que significa “resiliência” em árabe. As autoridades tunisianas classificaram esses incidentes como agressões deliberadas e iniciaram uma investigação.
A saída da Tunísia sofreu vários atrasos devido a questões de segurança, preparação das embarcações e condições climáticas adversas.
A expedição inclui ainda barcos que partiram recentemente da Córsega, Sicília e Grécia, com previsão de chegada ao território palestino em meados de setembro para entregar assistência. Israel já havia bloqueado duas tentativas anteriores em junho e julho.
A ONU declarou em agosto que a situação em Gaza é grave, com risco de fome e meio milhão de palestinos enfrentando condições extremamente difíceis e perigosas.

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