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Lula vai à ONU para defender criação do Estado Palestino

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Em meio a tensões diplomáticas com os governos de Israel e dos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um convite e está considerando participar ativamente da conferência que ocorrerá em Nova York no dia 22, voltada a apoiar a criação do Estado Palestino. Essa posição o coloca em divergência com Binyamin Netanyahu e Donald Trump.

A iniciativa, advocada por França e Arábia Saudita, visa congregar países favoráveis à “solução de Dois Estados” para o conflito entre Israel e Palestina, e deve contar com a presença de líderes árabes após o ataque israelense a membros do Hamas em Doha, no Catar.

O governo brasileiro condenou firmemente o ataque militar a Doha, destacando que viola a soberania de um país terceiro.

Recentemente, na ONU, várias nações manifestaram apoio à criação do Estado Palestino e repudiaram o ataque terrorista do Hamas que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza. EUA e Israel boicotaram essa iniciativa. Netanyahu reforçou que “não haverá um Estado Palestino” e defendeu a expansão dos assentamentos israelenses, inclusive na Cisjordânia.

O Itamaraty confirmou que Lula deve marcar presença na segunda edição da Conferência para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados. Em julho, o chanceler Mauro Vieira discursou na primeira edição e anunciou ações contra Israel.

O Brasil co-presidiu, junto com Senegal, um dos oito grupos de trabalho da Conferência, focado em discutir “a promoção do respeito ao direito internacional com vistas à implementação da solução de dois Estados”.

Na semana seguinte, Lula realizará sua primeira viagem aos EUA durante o governo Donald Trump para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). O governo está organizando uma agenda de cinco dias em Nova York, que também incluirá a Semana do Clima antes da COP30.

Segundo fontes do Palácio do Planalto, a participação de Lula no evento pró-Palestina dependerá do interesse dos líderes globais pelo encontro. Lula só deixaria de comparecer se perceber que o evento será esvaziado.

A Assembleia Geral marca os 80 anos da ONU, e Lula deve fazer um discurso extenso tratando da crise do multilateralismo e da necessidade de reforma das instituições de governança, começando pelo Conselho de Segurança.

Integrantes do governo envolvidos na preparação do discurso presidencial afirmam que Lula abordará a soberania nacional — uma defesa clara contra tentativas de interferência de Donald Trump e o uso de tarifas —, reforma da Organização Mundial do Comércio, questões climáticas, democracia e conflitos armados.

Entre os temas da agenda estão os ataques de Israel e EUA ao Irã, a guerra e crise humanitária na região, futuro da Faixa de Gaza, o bombardeio ao Catar e a guerra na Ucrânia, mencionando a iniciativa sino-brasileira para propor negociações de paz e o Grupo de Amigos, ativo há um ano.

O Brasil também buscará promover uma reunião em defesa da democracia, junto com Chile e Espanha, além de um encontro para discutir a COP30 e o lançamento do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF).

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