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Verão na Espanha bate recorde de calor

A Espanha experimentou o verão mais quente já registrado, com uma temperatura média de 24,2 ºC, superando o recorde anterior de 2022, informou nesta terça-feira (16) a agência estatal de meteorologia Aemet.
Rubén del Campo, porta-voz da Aemet, destacou em entrevista coletiva que este é o verão mais quente desde o início da série histórica em 1961, apresentando um aumento de 0,1 ºC em relação ao verão de 2022.
A Espanha, situada na linha de frente das mudanças climáticas na Europa, demonstra uma tendência clara de verões significativamente mais quentes, conforme apontado por Del Campo. Ele ressaltou ainda que nove dos dez verões mais quentes já registrados aconteceram neste século.
O mês de junho teve temperaturas excepcionalmente altas, com uma anomalia de 3,6 ºC acima da média, representando o maior desvio da série histórica. Julho apresentou uma leve melhora, mas agosto voltou a apresentar calor intenso, empatando como o mês mais quente já registrado, incluindo uma onda de calor de 16 dias, uma das mais extensas da história da Espanha.
Essas temperaturas extremas intensificaram a severa temporada de incêndios florestais, que resultou em quatro mortes e mais de 350.000 hectares queimados. No noroeste do país, onde os incêndios foram mais graves, o verão foi marcado por uma combinação de calor extremo e seca severa, condições que favoreceram a propagação dos incêndios, explicou Del Campo.
Dos 90 dias que compuseram o verão, em 33 deles a população viveu ondas de calor, ou seja, mais de um terço do período foi marcado por temperaturas extremas. Até o século passado, esses eventos eram mais raros, mas o último ano sem ondas de calor na Espanha foi 2014, salientou o porta-voz.
Especialistas há tempos alertam para o impacto das mudanças climáticas, que têm aumentado a intensidade e frequência de ondas de calor, secas e outros fenômenos meteorológicos extremos, tornando-os cada vez mais comuns.

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