Economia
Ouro sobe pelo terceiro dia seguido e bate novo recorde com expectativa sobre Fed

O ouro subiu pelo terceiro dia consecutivo nesta terça-feira, 16, impulsionado pelas fortes expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). A queda dos juros dos títulos do Tesouro americano e do dólar no mercado exterior, juntamente com um ambiente de cautela nas bolsas de valores, favoreceu a valorização do metal precioso.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para entrega em dezembro terminou em alta de 0,16%, cotado a US$ 3.725,10 por onça-troy, atingindo nível recorde de fechamento, após alcançar o pico de US$ 3.739,90 durante a sessão. A prata avançou 0,1%, para US$ 42,91 por onça-troy, atingindo o maior valor em 14 anos, chegando a US$ 43,43 por onça-troy no auge do pregão.
O Bank of America (BofA) aponta que, nos últimos 25 anos, o preço do ouro não caiu simultaneamente em períodos em que o Fed cortava juros e a inflação americana estava próxima a 2%. O banco destaca que temores de estagflação nos Estados Unidos devem reforçar o cenário positivo para o metal, junto ao aumento da demanda por parte de bancos centrais.
O BofA projeta que o ouro pode chegar a US$ 4 mil por onça-troy em 2026, embora reconheça que uma comunicação mais rígida do Fed ao realizar cortes de juros nesta quarta-feira (17), ou uma exagerada valorização do ouro no mercado, podem gerar riscos de queda para a commodity.
O estrategista da corretora Exness, Eric Chia, também aponta que o preço do ouro pode sofrer pressão de curto prazo caso o banco central americano não demonstre estar aberta a cortes de juros conforme esperado pelo mercado. “No entanto, qualquer confirmação de múltiplas reduções fortalecerá a valorização do metal e o levará a novos patamares”, observa. Chia destaca ainda que o aumento de investimentos em ETFs e a busca por segurança em um cenário de tensões geopolíticas contribuem para a demanda pelo ouro.

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