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Dezenove presos na Espanha por mortes em barco de migrantes

A polícia da Espanha anunciou na última quarta-feira (17) a captura de dezenove indivíduos suspeitos de homicídios e castigos cruéis em um barco que transportava migrantes do Senegal em direção às Ilhas Canárias. Nessa jornada, pelo menos cinquenta pessoas sumiram.
O barco, feito de madeira, foi encontrado à deriva ao sul da ilha de Gran Canaria, localizada no arquipélago no Atlântico, em 24 de agosto, contendo 248 sobreviventes, conforme informações da Polícia Nacional.
As autoridades estimam que havia cerca de trezentas pessoas a bordo, e os desaparecidos teriam sido lançados ao mar durante os onze dias da viagem.
Segundo relatos dos sobreviventes, vários dos detidos, que comandavam o barco, agrediram diversas pessoas, batendo e maltratando-as de diferentes maneiras, de acordo com o comunicado policial.
Em algumas situações, chegaram a jogar migrantes ainda vivos no mar e recusaram ajuda aos que caíam acidentalmente na água.
A polícia afirmou que algumas das mortes ocorreram motivadas por superstições, com vítimas acusadas de serem feiticeiros, responsáveis por falhas nos motores, falta de alimentos e tempestades.
Outros foram mortos por protestar contra as duras condições da viagem.
Um dos migrantes, com grave enfermidade no momento do resgate, faleceu no hospital.
A Espanha é um dos três principais locais de entrada de migrantes irregulares na Europa, ao lado da Itália e da Grécia.

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