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AI solicita cessar apoio ao conflito em Gaza

A Anistia Internacional (AI) pediu nesta quinta-feira que governos e grandes corporações suspendam atividades que contribuem direta ou indiretamente para o sistema de desigualdade e violência contra os palestinos na região de Gaza, onde um conflito intenso está em curso.
A organização identificou 15 empresas, tanto israelenses quanto estrangeiras, que têm papel relevante nas ações consideradas ilegais na região.
Entre essas, estão a fabricante americana de aviões Boeing, cuja munição foi usada na Faixa de Gaza; a empresa chinesa de tecnologia Hikvision, líder em reconhecimento facial; e a desenvolvedora americana de software Palantir, que presta serviços para o Exército e a inteligência de Israel.
Também foram incluídas empresas que não atuam no setor militar, como a fabricante espanhola de material ferroviário CAF e o conglomerado sul-coreano HD Hyundai, cujos equipamentos foram empregados na destruição de casas e infraestruturas palestinas nos territórios ocupados.
O relatório da Anistia chega logo após uma declaração conjunta de mais de 80 organizações não governamentais, como Oxfam e a Liga dos Direitos Humanos, que solicitaram recentemente a suspensão das relações comerciais com os assentamentos israelenses ilegais nas áreas ocupadas da Palestina.
Na última terça-feira, uma comissão internacional de investigação da ONU acusou Israel de cometer atos graves contra a população de Gaza desde outubro de 2023, quando o conflito se intensificou após um ataque do grupo Hamas em solo israelense.

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