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Rodoviária vai ter programação especial
Além da poluição, o grande número de carros nas ruas das grandes cidades causa imensos engarrafamentos e atrasa a vida da população. Nesta segunda-feira (22), é comemorado o Dia Mundial sem Carro. A intenção da data é causar uma reflexão sobre a mobilidade urbana no mundo. Em Brasília, a ocasião será lembrada com programação no estacionamento da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. O GDF vai fechar o local para automóveis das 8h às 22 horas.
Segundo a Secretaria de Transportes, atualmente circulam no DF 3 mil ônibus do transporte coletivo. Essa frota tem capacidade para carregar 1,1 milhão de pessoas por dia. O Metrô, por sua vez, tem capacidade para levar 140 mil pessoas e as estações são exclusivas da região sul do Distrito Federal. Os dois sistemas de transporte funcionam acima da capacidade nos horários de pico. A população do DF, por sua vez, está na casa dos 2.852.372 de pessoas, de acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O músico Rafa Camargo é morador de Planaltina-DF. Ele faz críticas ao transporte público e afirma ser praticamente obrigado a optar por usar o carro particular para se locomover durante as apresentações de trabalho. “Mesmo com todos os impostos que pagamos para ter um carro, gasolina, manutenção, e por aí vai, a impressão que tenho é que isso ainda é melhor que enfrentar o transporte público. Super lotação, coletivos que não passam no horário, barulho do motor e muito calor nos dias quentes”, afirmou.
Para Paulo Cesar, especialista em mobilidade urbana da Universidade de Brasília (UnB), além de dar mais qualidade ao transporte público, o Estado precisa investir em políticas para atrair os usuários. “Precisamos que os ônibus e o metrô atendam todos os lugares e circulem por todas as regiões do DF. Aqui o transporte público só funciona até certa hora. Depois disso as pessoas ficam sem opção. Além de ampliar o horário e número de linhas, é necessário criar políticas para que os cidadãos evitem o carro. Cobrar pedágio, cobrar por vaga nos estacionamentos públicos são exemplos de como desestimular o uso do carro. O BRT é uma boa opção, uma solução tecnológica em que o ônibus tem prioridade no trânsito. Mas ele precisa estar articulado com os demais meios de transporte”, conclui.
Fonte: Alô
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