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Panamá planeja novo gasoduto para levar combustível dos EUA à Ásia

Autoridade do Canal do Panamá (ACP) iniciou nesta quinta-feira (18) conversas com 23 empresas interessadas em criar um gasoduto paralelo ao canal para facilitar o transporte de combustível dos Estados Unidos para países asiáticos.
Está previsto que em 2027 comece a construção de um duto de 77 quilômetros que levará propano, butano e etano da costa leste dos EUA até China, Japão e Coreia do Sul, mercado que a ACP espera que dobre nos próximos dez anos.
Os combustíveis seriam transportados por navios até o Caribe panamenho e atravessariam o istmo via gasoduto, para serem enviados pelo Pacífico à Ásia.
A seleção do concessionário para esse projeto começou com um evento na Cidade do Panamá, contando com mais de 45 representantes do setor energético global, incluindo petroleiras como Shell e ExxonMobil.
O presidente da ACP, Ricaurte Vásquez, afirmou que a demanda por gás petróleo deverá crescer pela metade na próxima década e alertou que o Panamá deve avançar com o gasoduto para evitar que surjam rotas alternativas.
O investimento necessário varia de 2 a 8 bilhões de dólares, dependendo se o gasoduto transportará os três gases ou só parte deles.
Cerca de 5% do comércio marítimo global passa pelo Canal do Panamá, com principais usuários sendo EUA e China.
Mais de 90% do propano, butano e etano exportados dos EUA para a Ásia passavam pelo canal até 2023, embora esse percentual tenha diminuído recentemente.
Com a nova infraestrutura, a expectativa é transportar até 2,5 milhões de barris por dia.
A seleção da empresa que vai operar o gasoduto está prevista para o último trimestre de 2026.
Vásquez também destacou que o aumento do transporte de gás será impulsionado pela industrialização da Índia e pela capacidade de exportação americana.
O Canal do Panamá, inaugurado pelos Estados Unidos em 1914, conecta mais de 1.900 portos em 170 países.

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