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União pressiona ministro Sabino a sair do governo

O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, abordou o ministro do Turismo, Celso Sabino, para informar que o partido deu um prazo de 24 horas para que ele deixe o cargo ou se desfilie da legenda. Essa conversa ocorreu na manhã de quinta-feira, pouco antes da divulgação oficial da decisão pelo partido.
De acordo com membros da direção da sigla, Rueda comunicou ao ministro a necessidade de sua saída do governo. Fontes da direção nacional confirmam que Sabino ainda não discutiu a situação com o Palácio do Planalto, mas indicou que seguirá a recomendação do partido. O ministro não comentou o assunto.
A definição sobre a permanência de Sabino deve acontecer após uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para esta sexta-feira (19).
Atualmente, Celso Sabino é o único membro do União Brasil que ocupa um cargo na Esplanada. Apesar disso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), indicou outros ministros, como Waldez Góes no Ministério da Integração Nacional e Frederico Siqueira nas Comunicações.
Alcolumbre é aliado do partido, mas suas indicações não são afetadas pela decisão, que se aplica apenas aos filiados ao União Brasil.
Essa pressão para a saída de Sabino não é um episódio isolado na relação entre o governo e o União Brasil. Recentemente, o deputado Juscelino Filho (União-MA), que anteriormente era ministro das Comunicações, deixou o cargo após acusações de desvios, negadas por ele. A escolha de seu substituto foi marcada por controvérsias, incluindo a recusa do líder do partido na Câmara, Pedro Lucas (MA), em aceitar a nomeação para o ministério.
Em outra ocasião, durante uma reunião ministerial em agosto, o presidente Lula expressou pessoalmente sua insatisfação com Rueda.
O União Brasil antecipou o desengajamento do governo, estipulando a entrega dos cargos de seus membros em até 24 horas. Anteriormente, o prazo era até o final do mês. Uma norma do partido orienta que quem não solicitar exoneração poderá sofrer sanções disciplinares.
A decisão ocorre após reportagens que ligam o presidente Rueda a atividades do crime organizado em São Paulo, sugerindo uso de suas aeronaves pelo PCC. O partido acredita que há influência governamental nos vazamentos dessas investigações. Rueda negou ser proprietário dos aviões e rejeitou qualquer associação a ilícitos. Em nota, o União manifestou apoio ao seu presidente.
Com a terceira maior bancada na Câmara, o União Brasil anunciou uma futura aliança com o PP. A sigla conta com 59 deputados e 7 senadores, sendo fundamental para a governabilidade do governo Lula.

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