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Economia

ibovespa tem leve alta após renovar máxima histórica de olho em estrangeiro

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O Ibovespa apresenta uma leve valorização acompanhando o movimento moderado das bolsas em Nova York, em um cenário que carece de novos impulsionadores após recentes decisões de política monetária em vários países. A alta tímida do principal índice da B3 é limitada pela queda do preço do petróleo e pela ausência de agenda relevante de indicadores econômicos, tanto no Brasil quanto no exterior, nesta sexta-feira, 19, dia de vencimento de opções sobre ações. Já o minério de ferro fechou em alta de 0,81% no mercado de Dalian, na China.

Mais cedo, o índice avançou 0,62% alcançando nova máxima histórica em 146.398,76 pontos, embora tenha perdido força em seguida. Mesmo assim, superou a última marca inédita registrada na quarta-feira, de 146.330,90 pontos (alta de 1,58%). O otimismo contou com o primeiro corte de juros do ano promovido pelo Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, que mantém alguma influência positiva.

Na quarta-feira, o Fed reduziu as taxas de juros e sinalizou outras duas reduções para 2025, o que anima investidores a realocar recursos para mercados emergentes, como o Brasil, aproveitando o diferencial de juros. No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter a Selic em 15% ao ano, descartando cortes para este ano, conforme a expectativa de muitos especialistas.

Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, comenta: “O índice atingiu nova máxima histórica intradiária graças à percepção de melhora na economia americana. Em relação ao Copom, a decisão foi a esperada. Pode haver corte em dezembro, e a percepção até o fim do ano é positiva, apesar de o dólar e os juros futuros apresentarem tendência de alta, o que pode ser uma correção”.

Após as recentes decisões do Fed, do Copom e de bancos centrais do Japão e do Canadá, o destaque agora é a China, cujo banco central decide suas taxas referenciais hoje. Investidores também esperam uma conversa telefônica entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, para tratar de questões comerciais e do TikTok.

Tales Barros, líder de renda variável da W1 Capital, não descarta avanços inéditos do Ibovespa, sustentados pela entrada de recursos internacionais na bolsa brasileira. Segundo ele, “a valorização pode ocorrer por conta do capital externo, já que o investidor doméstico permanece cauteloso diante das incertezas sobre o início do ciclo de cortes da Selic”.

Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA, destaca que a combinação de queda dos juros nos EUA, possibilidade de afrouxamento monetário no Brasil e saúde financeira das empresas listadas pode continuar atraindo investimentos estrangeiros para a B3. No mês, até quarta-feira, o saldo da entrada líquida foi positivo em R$ 1,641 bilhão, acumulando R$ 22,886 bilhões no ano.

De acordo com Nantes, o enfraquecimento do dólar e a perspectiva consolidada de cortes de juros têm levado investidores a saírem de mercados norte-americanos. “Essa combinação torna o Brasil um destino atrativo”, afirma.

Na sessão anterior, o Ibovespa fechou em leve queda de 0,06%, aos 145.499,49 pontos, após registrar máximas recordes na quarta-feira. Hoje, por volta das 11h20, o índice sobe 0,14% alcançando 145.699,68 pontos, com variações que refletem um mercado ainda indeciso.

Entre as ações de commodities, Petrobras apresenta queda entre 0,67% (PN) e 1,23% (ON), enquanto Vale recua 0,10%. Marfrig lidera as maiores quedas com baixa de 3,96%, após o conselho aprovar o cancelamento de 90,3 milhões de ações em tesouraria. Eletrobras destaca-se positivamente com alta de 2,41%. Em instituições financeiras, o desempenho é misto: queda de 0,54% para Banco do Brasil (BB) e alta de 1,28% para Bradesco ON.

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