Quero estar com quem valorize meu potencial político, diz Vinicius Castello

Nesta sexta-feira (19), o secretário-executivo de integração metropolitana do Recife, Vinicius Castello, anunciou sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT) para ingressar no Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, Vinicius mencionou que o PT é um instrumento para justiça social e que sai sem mágoas, visando manter parceria dentro da federação e no campo ideológico. Contudo, ele sentiu a necessidade de maior espaço e apoio dentro do partido.

“É fundamental estar com aqueles que não apenas colaboram, mas reconhecem o potencial político que represento. Não se trata apenas de mim, Vinicius Castello, mas das pessoas com quem tenho um compromisso real e que me abordam no dia a dia. Acredito que no PT não há espaço suficiente para todos, dado que o partido é formado por várias correntes com candidaturas prioritárias”, afirmou.

Castello também esclareceu que, embora tenha lançado sua pré-candidatura a deputado estadual para 2026, a mudança de partido não foi motivada pela eleição, mas para fortalecer o partido e apoiar pautas populares.

“O PCdoB está dedicado a avançar com um projeto popular. Quando comparo o PCdoB ao PT, reconheço que o PT é um partido grande, mas o que importa não é apenas o tamanho ou recursos, e sim o projeto político. Quero fazer uma política que ultrapasse interesses pessoais para estar alinhado com quem entende que é preciso avançar em temas que importam para a sociedade”, explicou.

Vinicius Castello justificou sua ida para o PCdoB como uma decisão estratégica para melhor atender as demandas de Pernambuco, especialmente de Olinda. Segundo ele, no município, o PCdoB sempre teve papel decisivo.

Apoio

O secretário afirmou que a mudança partidária foi realizada com diálogo e suporte do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e do vice, Victor Marques (PCdoB). Também manteve conversas com os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa, ambos do PT, para manter alinhamento com o projeto político da esquerda brasileira.

“Estarei na linha de frente para auxiliar o senador Humberto Costa em sua reeleição, especialmente diante de um congresso cada vez mais desrespeitador, que apoia não apenas PECs, mas também projetos que prejudicam os interesses do povo e que criam situações onde eles mesmos acabam se fiscalizando”, concluiu.