Economia
Fed vê limite para cortar mais juros nos EUA

O presidente do Federal Reserve (Fed) de St. Louis, Alberto Musalem, declarou nesta segunda-feira, 22, que existe um limite para novos cortes nas taxas de juros sem que a política monetária se torne excessivamente flexível.
Em evento promovido pelo Brookings Institute, o dirigente explicou que apoiou a diminuição de 25 pontos-base na taxa básica na semana passada como uma precaução para proteger o mercado de trabalho diante dos crescentes riscos de desaceleração.
Alberto Musalem afirmou: “Acredito que há pouco espaço para afrouxar ainda mais a política monetária sem que ela se torne demasiadamente acomodatícia, e é necessário agir com prudência.” Ele participa das votações do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) neste ano.
Fatores que influenciam a decisão
O presidente do Fed de St. Louis indicou que apoiaria mais cortes nas taxas caso surjam novos indícios de enfraquecimento do mercado de trabalho, desde que os riscos relacionados a uma inflação persistente não aumentem.
Alberto Musalem defende uma política monetária que equilibre os dois objetivos principais do Fed – a estabilidade dos preços e o pleno emprego.
Ele alertou que focar excessivamente no mercado de trabalho pode resultar em uma postura muito flexível, o que poderia afetar a curva de juros e elevar as expectativas inflacionárias. Por outro lado, se as expectativas de inflação estiverem firmemente controladas, focar demais no controle da inflação pode não fornecer o suporte necessário para manter o emprego em níveis máximos.
Alberto Musalem descreveu a política monetária atual como estando em um ponto entre ligeiramente restritiva e neutra. Para ele, a taxa de 1% para os juros não representa um limite fixo. Ele acredita que uma mudança na percepção dos riscos em relação à inflação, especialmente se esta permanecer consistentemente acima da meta, será necessária para justificar ajustes nessa taxa.

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